REGIÃO
O Sindicato dos Policiais Civis de Santa Catarina (Sinpol-SC) anunciou que a partir de segunda-feira, dia 29, a categoria deve entrar em greve geral no Estado. Segundo o agente da Polícia Civil de Maravilha, Fabiano Drescher, que também integra a diretoria do Sinpol-SC, a oficialização da greve deve ocorrer durante assembleias regionais que ocorrem amanhã, sábado. Na região, a Assembleia acontece em Chapecó.
Segundo Drescher, o indicativo de greve foi aprovado em assembleia no último dia dez e agora, após o prazo de 15 dias, houve o aviso da decisão pela paralisação, que precisa ser informada com 72 horas de antecedência, prazo que encerra amanhã. A decisão foi confirmada durante o “Enterro Sinbólico da Polícia Civil”, realizado na última terça-feira, em Lages. O agente explica que a Assembleia de sábado tem poder de vetar a greve, mas considera essa uma possibilidade remota, já que a classe está bastante descontente e o Governo não sinalizou o início de uma nova negociação.
Conforme Fabiano Drescher, serão paralisados os serviços das delegacias de polícia, inclusive das unidades especializadas, Detran, Ciretrans e Citrans, unidades que emitem documentos de trãnsito, bem como serviços relativos a fiscalização de jogos e diversões. Ele acrescenta que apesar de ser opcional, a adesão a greve deve ser de 100% dos agentes, sendo mantido apenas o atendimento com 30% do efetivo em casos graves, conforme previsto em Lei.
REIVINDICAÇÕES
As reivindicações da classe são por reajuste salarial e por aumento no efetivo. Segundo Fabiano Drescher, dados oficiais apontam que desde 2007 a corporação contratou 1.217 policiais, enquanto que nesse mesmo período 891 profissionais saíram. A saída de muitos profissionais faz com que o efetivo hoje da Polícia Civil catarinense seja praticamente o mesmo de 30 anos atrás. “E agora com uma demanda bem maior”, comenta.
Para o agente policial lembra que os policiais civis desempenham atividades de caráter técnico-jurídico, que exige muito, mas a remuneração não vem acompanhando, o que leva muitos a desistirem de seguir carreira. Segundo Drescher, hoje a Polícia Civil Catarinense atua apenas com aproximadamente metade do efetivo considerado ideal.
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