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Polícia Federal impede fraude contra benefícios do INSS

Última atualização 22 de setembro de 2022 - 09:18:21

Foto: Divulgação – Seria um rombo de 486 milhões de reais aos cofres públicos

Uma investigação realizada pela Polícia Federal contra
fraudes em benefícios previdenciários impediu um rombo de 486 milhões de reais
aos cofres públicos.

Segundo a Polícia Federal, análises realizadas com
ferramentas próprias descobriram a atuação massiva de organizações criminosas
que conseguiram reativar, de forma fraudulenta, mais de 13 mil benefícios
previdenciários que resultariam no prejuízo milionário.

As investigações apontaram que os benefícios previdenciários
foram concedidos regularmente em períodos retroativos e, após o prazo legal,
foram desativados de forma correta.

Só que os fraudadores, segundo a PF, conseguiram acesso a 29
senhas de servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e “lograram
êxito em reativar os pagamentos de forma irregular”, afirmou, por nota, a
Polícia Federal.

A apuração do caso sinaliza que as senhas dos servidores do
INSS tenham sido hackeadas sem o conhecimento de seus titulares e acabaram
sendo utilizadas para reativar os benefícios com valores retroativos a cinco
anos, com somatório de valores que não passavam de R$ 100 mil — tática usada
para não levantar suspeitas dos órgãos de controle.

As contas de destino também eram diferentes daquelas que
eram as originalmente destinatárias dos benefícios, o que para a polícia pode
ser um indício de que “contas laranjas” foram usadas para o processo de
tramitação do dinheiro até os efetivos responsáveis pelas fraudes.

Dentre os benefícios previdenciários que foram usados nas
fraudes estão, entre outros, o Auxílio Reclusão e o LOAS idoso.

Para impedir o rombo milionário, a PF diz ter acionado a
Febraban (entidade que representa os bancos) e os setores de inteligência das
instituições financeiras para “bloquear e impedir que os valores fossem
sacados”.

“Esse processo teve êxito e impediu que R$ 486 milhões
fossem ilegalmente destinados a criminosos”, complementou a PF.

O INSS disse, por nota, que está participando do processo.

Além disso, vai implementar uma série de medidas para evitar
que novas fraudes ocorram.

Já a Polícia Federal informou, por nota, que está realizando
diligências para identificar os responsáveis pelo esquema criminoso e os
beneficiários das fraudes.

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