A votação do Plebiscito Popular por uma Nova Constituinte Soberana e Exclusiva realizada entre os dias primeiro e sete de setembro deste ano, somaram em todo o Brasil, 7.754.436 votos. Na região do Extremo Oeste, segundo a representante do comitê do plebiscito Carmen Viero, votaram 9.095 pessoas, contando com os adolescentes menores de 16 anos. Desse total, apenas 302 pessoas votaram não a reforma política.
Com o número total de votos, Carmen salienta que a avaliação do comitê organizador do plebiscito da região Extremo-oeste é positiva. Segundo ela, a participação de movimentos sociais, sindicatos, pastorais, PJR, PJMP e entidades fizeram a diferença e alcançaram o principal objetivo do plebiscito, que, de acordo com ela, é a garantia do SIM de toda a população pela reforma política já.
O também representante do comitê, Paulo Cesar Hoffmann, reforça que o Plebiscito Popular por uma Nova Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político é resultado do acumulo de trabalho, mobilização e organização pensada e debatida segundo ele, em todas as comunidades e com as lideranças de cada município e região do país.
Hoffmann enfatiza que os votos serão agora entregues em Brasília entre os dias 14 e 15 de outubro, para o Supremo Tribunal Federal, Presidente da República e para os representantes do Congresso Nacional. Na ocasião, Hoffmann explica que será realizada uma Plenária Nacional da Campanha com a participação de aproximadamente duas mil pessoas, envolvendo caravanas de todos os estados do Brasil. “É um momento importante de demostrarmos a nossa orça e a vontade que a população mostrou durante a votação de mudar o sistema político do país”, argumenta.
Carmen explica que o Plebiscito Popular por uma nova constituinte propõe um novo sistema político com uma melhor distribuição dos cargos eletivos de representação pública do estado de acordo com cada categoria de trabalho, especificidade humana e regionalidade dos mais diversos grupos sociais.
Segundo ela, o Plebiscito Popular é organizado por movimentos sociais, e tem como objetivo consultar a população para saber se ela é a favor ou não de uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político, onde segundo ela, após a sua votação, deverá ocorrer uma assembleia para escolha de deputados eleitos pelo povo para mudar a economia, política do país e definir as regras e o funcionamento da instituições de um estado como o governo, o congresso, e o judiciário, por exemplo.
Para comprovar a importãncia do Plebiscito, Carmen destaca o que foi realizado em 2002, que era contra a Alca, quando os Estados Unidos e o então presidente Fernando Henrique Cardoso queriam que o Brasil integrasse a Alca (Área de Livre Comércio das Américas). Nessa ocasião, entidades e movimentos sociais contrários se reuniram para organizar um Plebiscito Popular perguntando ao povo brasileiro se o Brasil deveria ou não entrar nesse tratado de comércio. Entre 1º a 7 de setembro de 2002, foram coletados 10.234.143 votos, ou seja, 98,32% dos eleitores se declararam contra a entrada do Brasil na Alca. “Apesar de não ter valor legal, a massiva participação no Plebiscito Popular foi fundamental para que a proposta da Alca fosse rejeitada”, finaliza.
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