Plano de carreira dos professores de SC deve ser levado à Alesc na quinta
Última atualização 28 de outubro de 2015 - 09:51:51
Na próxima quinta-feira (29), o governo catarinense deve apresentar o plano de carreira dos professores do estado para ser votado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).
A ideia do governo é implementar o projeto ao longo dos próximos três anos. O sindicato dos professores diz que a Secretaria de EducaçÃo traz a mesma proposta que categoria já rejeitou.
Proposta do governo
Mais de 60 mil servidores do magistério estÃo atentos ao plano. Pela proposta do governo, o professor efetivo com graduaçÃo vai ganhar, no mínimo, 50% a mais que o professor que só tem ensino médio.
Já no caso dos temporários, os chamados ACTs, quem tem graduaçÃo ganharia 30% a mais que um colega de nível médio. Benefícios como regência de classe e atividade especializada seriam incorporados ao salário.
Pela ideia do governo, o plano de carreira seria implementado ao longo dos próximos três anos. A primeira parcela no salário cairia em maio de 2016. Depois, em maio e novembro de 2017 e só terminaria em maio e novembro de 2018.
A Secretaria de EducaçÃo disse que com isso vai aumentar o investimento na folha dos professores em um R$ 1,4 bilhÃo.
“É um plano ousado e, ao mesmo tempo, maduro, que a gente consegue fazer esse processo de valorizaçÃo sem que você corra qualquer risco em relaçÃo à situaçÃo econômico-financeira da Secretaria de EducaçÃo”, afirmou o secretário, Eduardo Deschamps.
Sindicato é contra
Porém, o sindicato dos professores nÃo concorda. Disse que o projeto nÃo é novo e que o governo só traz de volta a mesma proposta que a categoria já rejeitou no mês passado.
“Porque além de incorporar a regência que nós sempre fomos terminantemente contrários, ele continua nÃo reconhecendo o reajuste do piso nacional na carreira e nÃo vai cumprir até 2018”, declarou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em EducaçÃo na Rede Pública de Ensino do Estado de Santa Catarina (Sinte/SC), Luiz Vieira.
Bastidores da Assembleia
O governo pretende apresentar a proposta oficialmente só na quinta. Mas, nos bastidores, o sindicato já articula com alguns deputados para que eles nÃo aprovem o projeto como está.
“Porque a categoria nÃo aceita esse projeto, nÃo aceita ser enganada, o faz de conta de que nós vamos ter reajuste, vai ser descompactado, que na verdade nós nÃo vamos ter os benefícios que nós pretendíamos”, disse o presidente do Sinte/SC.
Do outro lado, o governo também tenta buscar apoio entre os deputados para que o projeto seja aprovado o quanto antes.
Greve
Os professores do estado ficaram em greve de 24 de março a 3 de junho, quando decidiram retomar aos trabalhos por 60 dias. De acordo com a Secretaria de Estado da EducaçÃo, cerca de 5%, aproximadamente 2 mil professores, estavam sem dar aulas. O Sindicato dos Trabalhadores em EducaçÃo na Rede Pública de Ensino do Estado de Santa Catarina (Sinte-SC) informou que 20% dos professores do estado ficaram parados.
Em assembleia no início de agosto, os professores decidiram suspender a greve da categoria novamente, desta vez até outubro. Enquanto isso, o sindicato seguiu negociando com o governo do estado.
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