O administrador catarinense é homem, formado em universidade particular, ganha até 10 salários mínimos e encontra oportunidades de emprego principalmente nas áreas de administração estratégica e financeira.
As conclusões são de pesquisa do CRA-SC, que será divulgada oficialmente nesta segunda-feira, em Florianópolis, e busca aproximar o perfil dos profissionais recém-saídos das universidades com aquele exigido pelo mercado de trabalho.
O presidente do CRA-SC, José Sebastião Nunes, diz que a percepção de uma falta de sintonia entre academia e mercado motivou o levantamento, feito com cerca de 1,6 mil profissionais. Ele lembra que, hoje, o conselho regional tem 30 mil profissionais filiados no Estado. E a cada ano, as universidades catarinenses colocam mais 7 mil administradores no mercado.
—As universidades precisam estar atentas ao contexto social a que estão inseridas. Se a política educacional estiver equivocada, elas vão mexer com o mercado e com a economia. Pesquisas nacionais do IBGE e do Sebrae mostram que muitas empresas morrem, principalmente, por problemas de gestão— destaca.
Entre as características que o mercado está exigindo estão liderança, saber dirigir pessoas, inovação e proatividade. Os resultados serão apresentados às universidades e órgãos do setor.
Olhar regional sobre as
boas oportunidades
O CRA decidiu levantar um olhar regional sobre as demandas do mercado profissional dos administradores. Como resultado, a pesquisa revelou que na Grande Florianópolis, por exemplo, a área de marketing é a mais valorizada. No Sul, o destaque é o setor de finanças; e no Oeste e no Vale, a área de recursos humanos.
O perfil das empresas também pode ser um importante recado para as universidade, alerta o presidente do CRA-SC, José Sebastião Nunes. Na Grande Florianópolis, há mais oportunidades no setor terciário (comércio e serviços), enquanto a indústria gera as maiores demandas no Oeste e no Sul.
A administração pública é outra oportunidade na região da Capital: 50% dos entrevistados locais percebem a área com forte potencial profissional. Nas outras regiões, esse índice fica abaixo de 40%.
A pesquisa foi feita pelo CRA-SC em parceria com o Centro de Ciências da Administração e SocioeconÔmicas (Esag), da Udesc. Os resultados completos serão divulgados nesta segunda-feira, dia 17,em evento aberto ao público, a partir das 14h, na sede do CRA-SC (Avenida Prefeito Osmar Cunha, 260, Centro, Florianópolis).
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