Pesquisa revela câncer como a doença que mais avança no Brasi
Última atualização 7 de julho de 2017 - 10:38:32
A fragilidade das políticas públicas na prevençÃo e tratamento do câncer traz dados preocupantes, após levantamento realizado pelo Observatório da Oncologia. A pesquisa feita a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre os anos 2000 e 2013, com projeções até 2040, comparou os índices e as causas de mortes no país. Após a análise entre o número de óbitos e incidência do câncer com o de doenças cardiovasculares, que sÃo as atuais campeÃs na taxa de mortalidade, a conclusÃo é que em 2029 ocorrerá uma inversÃo, com a taxa de mortalidade de tumores chegando a 115 para cada 100 mil habitantes, enquanto o índice de óbitos por doenças cardiovasculares será de 113 por 100 mil.
Atualmente o câncer é a segunda causa de morte por doenças no Brasil. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), sÃo cerca de 180 mil mortes por ano e ao contrário do que acontece em países desenvolvidos, os índices de mortalidade nÃo diminuem no país. O principal motivo é o diagnóstico tardio.
Entre outros fatores decisivos para frear o avanço da doença, estÃo a necessidade de um maior enfoque às políticas públicas de conscientizaçÃo e prevençÃo, o rastreamento da doença e a consolidaçÃo dos dados epidemiológicos oficiais do câncer no país e em âmbito regional. Segundo Dr. Clovis Klock, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), há também outro ponto em pauta, que se trata de um cenário de judicializaçÃo da saúde, e da importância do acesso da populaçÃo ao tratamento.
A qualidade do diagnóstico é fator determinante na luta contra o câncer. É nessa etapa que se define nÃo só as características do tumor e sua agressividade, mas a conduta terapêutica para proceder no tratamento. A médica patologista do Laboratório Patho Diagnose, Rosane Aguiar Zin, reforça a necessidade de buscar uma avaliaçÃo adequada com profissionais especializados. É o médico patologista que define, através do seu diagnóstico preciso, a conduta que posteriormente será tomada pelo médico assistente que solicitou o exame. Isso se reflete em tratamentos mais efetivos, poupando nÃo apenas custo para os sistemas de saúde público e privado, mas também vidas.
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