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Paxlovid: Ministério da Saúde incorpora primeiro medicamento para casos leves de Covid

Última atualização 8 de maio de 2022 - 11:31:41
Foto mostra fabricação de comprimido da Pfizer contra a Covid-19 em Freiburg, na Alemanha, em 16 de novembro de 2021. — Foto: Divulgação / Pfizer / AFP
 

O Ministério da Saúde anunciou,
na última sexta-feira (6), a incorporação do medicamento Paxlovid, composto
pelos antivirais nirmatrelvir e ritonavir, para casos leves de Covid.

Esse é o primeiro tratamento
incluído no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento de pacientes com
quadro leves a moderados da Covid-19 e alto risco de complicações. Ele tem o
objetivo de prevenir internações, complicações e mortes.

Em 30 de março, a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial do
Paxlovid. Após a publicação da incorporação no Diário Oficial, na sexta-feira,
o Ministério tem 180 dias para disponibilizar o tratamento na rede pública.

Com potencial para redução da
evolução da doença para quadros graves, o medicamento será ofertado para
pacientes adultos imunocomprometidos ou com idade igual ou superior a 65 anos.

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O tratamento só poderá ser
utilizado em caso de teste positivo para doença e em até cinco dias após início
dos sintomas.

Em abril, o Ministério da Saúde
incorporou o medicamento baricitinibe para casos graves da Covid-19. Ele também
foi recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e já tinha registro no
Brasil para o tratamento de artrite reumatoide e dermatite atópica.

Como funciona o medicamento

O Paxlovid consiste em dois
medicamentos antivirais em conjunto: o nirmatrelvir e o ritonavir.

Essa associação deve ser
administrada por via oral e é indicada para pacientes com Covid-19 leve à
moderada, não hospitalizados, que apresentam elevado risco de complicações e
sem necessidade de uso de oxigênio suplementar.

O nirmatrelvir impede que o vírus
se prolifere, tendo, assim, uma potente atividade contra o vírus da Covid-19 e
outros coronavírus.

Já o ritonavir inibe a ação de
uma enzima que degrada o nirmatrelvir. Com isso, colabora para que o
nirmatrelvir fique por mais tempo disponível na corrente sanguínea, o que
potencializa a sua ação.

O nirmatrelvir é um novo remédio
desenvolvido pela Pfizer-BioNTech, enquanto o ritonavir é uma droga que já era
usada no tratamento do HIV/AIDS.

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