Para não atrasar os outros pagamentos, entre eles o salário dos jogadores, o Grêmio ainda não quitou com a Arena Porto-Alegrense os dois primeiros meses do aluguel do espaço utilizado por seus associados na Arena. A dívida, que já chega a R$ 6,8 milhões, será um dos temas da reunião desta quinta à tarde, no Olímpico, entre as comissões criadas pelo clube e pela gestora do estádio para debater possíveis alterações no contrato.
Para acomodar seus sócios nos jogos na Arena, o Grêmio paga R$ 41 milhões por ano à Arena Porto-Alegrense, ou R$ 3,4 milhões mensais. Janeiro e fevereiro ainda não foram pagos.
– Estamos dando um calote para viabilizar o funcionamento do clube – comenta um conselheiro.
Uma das preocupações da direção é com um eventual aumento no índice de inadimplência dos associados, descontentes por não desfrutarem na Arena dos mesmos privilégios com que contavam no Olímpico. Com isso, ficaria afetada a receita anual de R$ 55 milhões, que permite ao clube pagar os R$ 41 milhões de aluguel.
A direção também tentará prorrogar a data de entrega do Olímpico à construtora OAS. Irá alegar que a Arena ainda não está concluída, muito menos o Centro de Treinamentos anexo ao estádio, cuja construção faz parte do segundo aditivo ao contrato. A Arena Porto-Alegrense comprometeu-se em financiar a obra num limite de R$ 5 milhões, cabendo ao Grêmio pagar o restante, caso isso seja necessário.
O Grêmio reivindica mais voz ativa na gestão da Arena. Seus representantes alegam que sobra a um clube de futebol o conhecimento que falta a uma construtora para a operação.
Indicado pelo presidente Fábio Koff para representar o clube nas negociações com a Arena Porto-Alegrense, o vice-presidente Adalberto Preis confia no diálogo para que o contrato sofra reformulações. Ainda assim, a direção já busca montar um grupo de empresários que banque a aquisição dos direitos de gestão da Arena e assuma o financiamento de R$ 275 milhões.
deixe seu comentário