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Pacote de ajustes no orçamento do Planalto são rejeitados em SC

Última atualização 17 de setembro de 2015 - 10:30:07
O anúncio do pacote de R$ 66,2 bilhões em cortes e novos impostos pelo governo federal desencadeou reações negativas entre os catarinenses. O governador do Estado, Raimundo Colombo (PSD), se posicionou contrariamente à recriaçÃo da ContribuiçÃo Provisória sobre MovimentaçÃo Financeira (CPMF) mesmo com a presidente Dilma Rousseff pedindo auxilio dos governadores para aprovaçÃo no Congresso Nacional. Entre os empresários, a repercussÃo também nÃo foi boa.

— NÃo adianta continuar colocando gasolina no tanque que está furado — disse o presidente Acif, Sander de Mira, destacando que o aumento de impostos vai esfriar ainda mais a economia, que já está recessiva. Outra preocupaçÃo é em relaçÃo aos cortes nos investimentos.

O governo diz que as obras nÃo paralisarÃo, mas os empresários demonstram preocupaçÃo de que nÃo haja recurso para conclusÃo.

Adiamento ou corte de obras

A maior parte das reduções de gastos está em adiar ou cortar obras – já que em custeio a ideia é diminuir R$ 2 bilhões. Em SC, começam reações de cobrança para que conquistas dos últimos anos nÃo voltem a ser apenas
promessas.

— A questÃo do PAC nos impacta fortemente. É extremamente ruim. Teremos que cobrar dos nossos representantes políticos a pela manutençÃo de obras importantes — diz Charles Schwanke, diretor-executivo da AssociaçÃo Empresarial de Blumenau (Acib), lembrando da BR-470, que teve sua data de conclusÃo prorrogada por cinco anos.

Muito do pacote de R$ 66,2 bilhões que pretende garantir o superávit primário do ano que vem também nÃo depende apenas do governo federal e precisa do aval do Congresso Nacional.

Outra medida de economia, sem “cortar na carne” do governo federal, foi o anúncio de realocar 30% das receitas do sistema ‘S’ e Sebrae — o equivalente a R$ 6 bilhões — para reforçar as contribuições previdenciárias. A proposta recebeu críticas contundentes do setor industrial catarinense.

— É uma indicaçÃo de que a educaçÃo deixou de ser prioridade. É uma interferência despropositada em recursos do setor privado, já que a contribuiçÃo que mantém o Sistema S é paga pelas empresas. Desmente o discurso de que o governo é favorável ao setor industrial — disse o presidente da FederaçÃo das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco Côrte.

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