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Organizações sociais entregam relação de votos de plebiscito à Dilma

Última atualização 17 de outubro de 2014 - 00:00:00

A relação com mais de sete milhões de votos a favor de um Plebiscito Popular por uma Nova Constituinte Soberana e Exclusiva do Sistema Político Brasileiro, mobilizada em toda a região do Oeste, Extremo-oeste Catarinense e demais regiões do País, foi entregue nesta semana para a presidente da república Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada, em Brasília (DF).

De acordo com uma das representantes do comitê do plebiscito de São Miguel do Oeste, Maria Carmen Viero, as organizações sociais envolvidas na campanha pelo plebiscito já conquistaram passos importantes, desde a coleta dos votos que aconteceu entre os dias 1º e 7 de setembro deste ano. Segundo ela, a formação, divulgação, coleta dos votos e mais recente, a entrega para a presidente entre os dias 13 e 15 de outubro, representa uma grande vitória para o País.

Carmen destaca que Dilma recebeu pessoalmente a relação dos votos do plebiscito e se mostrou a favor da reforma política, durante o ato que marcou a 5º Plenária Nacional do Plebiscito pela Reforma Política na praça dos Três Poderes, em Brasília. “Vários militantes estiveram presentes realizando a entrega oficial dos votos. Essas pessoas representam os quase oito milhões de trabalhadoresas que querem uma mudança no sistema político”, explica.

Carmen cita a presença da secretária Operativa Nacional do Plebiscito Adima Monteiro, a qual fez parte da comissão de 10 pessoas que entregou o resultado do Plebiscito ao presidente da Cãmara dos Deputados, Henrique Alves. “Ele nos falou que considerava o movimento legítimo e democrático. Para ele a ação é maior que uma simples reforma política, mas que, assim como a Constituinte de 88, ela é possível. O presidente também se comprometeu em anunciar em plenário o recebimento de nossa pauta, a pauta dos movimentos sociais”, disse ela.

PREOCUPAÇÃO

O também representante do comitê de São Miguel do Oeste, Paulo Cesar Hoffmann, acrescentou que a reforma política sem a participação popular não acontece. Segundo ele, o segundo turno das eleições presidenciais será decisiva para a aprovação do plebiscito e convocação posterior de uma constituinte. “Embora tenha sido de grande valia a entrega dos votos a presidente Dilma, precisamos ter cautela e aguardar o resultado do segundo turno, já que, algumas pessoas da bancada de oposição ao atual governo manifestaram-se contra a reforma política. No entanto, estamos otimistas”, argumenta.

CAMPANHA

Na região do Extremo Oeste, segundo a representante do comitê do plebiscito, Carmen Viero, votaram 9.095 pessoas, contando com os adolescentes menores de 16 anos. Desse total, apenas 302 pessoas foram contra a reforma política. Carmen avalia positivamente toda a mobilização feita até o momento e enaltece a importãncia da reforma política para o país. “A reforma política por meio do plebiscito coloca o povo na discussão sobre a mudança que ele quer fazer. Ao contrário do que acontece nas eleições, onde os candidatos eleitos e mais suas bancadas decidem por nós”, argumenta.

A representante do comitê acrescenta que o comitê está concentrando forças na aprovação do plebiscito. “Para que a partir daí, possamos convocar uma assembleia para escolha de deputados eleitos pelo povo para mudar a economia, política do país e definir as regras e o funcionamento das instituições de um estado como o governo, o congresso, e o judiciário, por exemplo”, finaliza.

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