Home Operação prende sete suspeitos de envolvimento em adulteração de leite em Mondaí

Operação prende sete suspeitos de envolvimento em adulteração de leite em Mondaí

Última atualização 20 de agosto de 2014 - 14:56:02

O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) de Chapecó-SC deflagrou na manhã desta terça-feira, dia 19 duas operações simultãneas para combater crimes contra a saúde pública e garantir direitos dos consumidores.

As investigações iniciaram há cerca de cinco meses e estão focadas em empresas de laticínios, unidades resfriadoras e transportadoras de leite, cujos empresários e funcionários supostamente estão falsificando e adulterando o leite destinado a consumo humano, tornando-o nocivo à saúde ou reduzindo o valor nutricional.

As operações recebem os nomes de “Leite Adulterado I” e “Leite Adulterado II”, em face de empresas localizadas nos municípios de Lageado Grande, Ponte Serrada e Mondaí, todos em Santa Catarina, e Vista Alegre, no Rio Grande do Sul. Conforme informações do Ministério Público, foram mobilizados, para atuar nas operações, cerca de 60 agentes dos GAECOs, inclusive Promotores de Justiça e policiais do vizinho Estado do Rio Grande do Sul, além do Instituto Geral de Perícias e de 12 fiscais do MAPA/SIF.

Foram cumpridos 20 mandados de prisões e 11 mandados de buscas e apreensões, autorizados por ordens judiciais dos Juízes de Direito das comarcas de Xaxim e Mondaí, ambas em Santa Catarina. Foram presos 14 homens e seis mulheres e cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nas unidades industriais, residências e propriedades rurais de sete cidades do Oeste e Extremo-Oeste de Santa Catarina e Noroeste gaúcho. Dessas sete pessoas são do município de Mondaí.

ADULTERAÇÃO

Conforme o MP-RS, o leite era adulterado — com ureia contendo formol para mascarar a adição de água ou com produtos para estancar o processo de adulteração — em território gaúcho e, depois, enviado para a sede da empresa em Mondaí, de onde seria distribuído para o Rio Grande do Sul ou São Paulo.

Durante a investigação foram apuradas imagens de funcionários lavando o braço junto ao leite. Segundo os promotores as substãncias eram utilizadas para recuperar o leite estragado e aumentar o prazo de conservação.

O lote recolhido de número H:16:03 L59, fabricado em 7 de junho de 2014, com validade até 5 de outubro deste ano, sob inspeção do SIF/DIPOA, número 0038/1501, foi tirado de circulação e está sendo investigado pelo Ministério de Agricultura.

Cerca de 72 pessoas, entre policiais, fiscais e promotores, participaram da ação. O GAECO é uma força-tarefa composta por Promotores de Justiça, Policiais Civis, Policiais Militares e Auditores da Secretaria da Fazenda Estadual. Nessa operação atuam com o GAECO, também, fiscais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA/SIF). Conforme a assessoria do MP, mais detalhes dos fatos e das circunstãncias envolvendo a operação serão oportunamente revelados para não prejudicar as diligências em andamento.

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