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SÃO MIGUEL DO OESTE
Pelo menos oito municípios da região já decretaram situação de emergência devido ao excesso de chuva registrado nos últimos dias, quando o volume de precipitações se aproximou de 400 milímetros desde a última quinta-feira, dia 7. Barra Bonita, Descanso, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Iraceminha, Romelãndia, São Miguel do Oeste e Palma Sola editaram o decreto. Um dos municípios mais atingidos é Romelãndia, que registrou grandes prejuízos na malha viária e lavouras.
O município chegou a ficar 15 horas sem acesso. O tráfego no sentido Flor do Sertão foi interrompido em virtude do aumento do nível do Rio Sargento, que subiu cerca de quatro metros. A SC-161 ficou bloqueada no quilÔmetro 73, da meia-noite às 15 horas de quarta-feira. O vice-prefeito Valdoci Saul estima as perdas em R$ 2 milhões, principalmente pelos danos às estradas e pontes. Ele demonstra preocupação também com escoamento da safra de milho e soja, além das criações de aves e suínos. Desde terça-feira as aulas estão suspensas no município. A previsão é de que retornem apenas na segunda-feira.
Em Barra Bonita a Defesa Civil contabiliza prejuízos provocados pela chuva. O levantamento parcial realizado pela Defesa Civil aponta prejuízo superior a R$ 1,5 milhões. O número, que ainda pode aumentar, levou o prefeito Darci Frizon a decretar situação de emergência. Ao todo, 150 quilÔmetros de estrada foram danificados. Durante as chuvas, pontes e pontilhões ficaram submersas e mais de cem hectares de soja e milho foram destruídos. Frizon entende que os estragos são expressivos, pois correspondem a mais de duas receitas da prefeitura.
Em Descanso a precipitação do final de semana foi a maior desde 1975. De acordo com Daltoé, choveu 400 milímetros desde sábado. Daltoé ficou impressionado com os estragos causados no município, o que o levou a decretar situação de emergência na quarta-feira.
Já em São Miguel do Oeste o decreto foi assinado na tarde de ontem. Conforme o secretário de Infraestrutura, Gelson Artifon, os danos causados pelo excesso de chuvas são de grande proporção. Segundo ele, estradas do interior foram interditadas, sendo que foram registrados ainda alagamentos, pontes e bueiros destruídos. “A situação está precária, tanto na área urbana, como rural, e para atender essa demanda a secretaria precisou adiar a programação de trabalhos, que contempla a recuperação de estradas do município”, explica Artifon.
Outros municípios como Belmonte e Anchieta, que já haviam assinado decretos no mês passado, apenas mantiveram. Em Bandeirante, a equipe de secretários e Defesa Civil trabalha desde ontem na avaliação dos estragos. Com os dados em mãos, a equipe se reúne hoje para definir se será assinado ou não o decreto. São José do Cedro, Flor do Sertão e Paraíso registraram estragos, mas optaram por não decretar situação de emergência.
Em Iraceminha, em cinco dias choveu três vezes mais que a média do mês de março. Foram 356 milímetros. Cerca de 200 estudantes não puderam ir às aulas porque o transporte escolar teve que ser suspenso. De acordo com a presidente da Defesa Civil, Marleusa de Couto, as estradas não apresentam condições de trafegabilidade. A comissão da Defesa Civil fez uma reunião e decidiu pelo decreto de emergência. O objetivo é agilizar ações de recuperação das estradas e pontes que foram danificadas. As comunidades mais atingidas são Biguá, Três Irmãos e Linha Pavão.
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