No cérebro há o chamado núcleo estriado, bastante ligado ao prazer. E tanto a atração física como o amor são trabalhadas nele. Acontece que o neuropsicólogo Jim Pfaus, da Universidade Concordia, no Canadá, resolveu se aprofundar no tema. Ao analisar 20 estudos, ele descobriu que, enquanto imagens eróticas de desconhecidos ativam apenas a região ventral dessa parte da massa cinzenta, fotos de namorados, maridos e afins estimulam a dorsal. “A primeira área tem a ver com os prazeres vindos de coisas de que todos gostam, a exemplo de comer um doce ou fazer sexo”, ensina. “Já a segunda está ligada à satisfação vinda do que aprendemos a apreciar ao longo do tempo, como um estilo musical ou uma pessoa específica com quem nos identificamos”, completa. Curiosamente, essa última zona ainda está ligada a uma série de compulsões.
O elo entre a paixão e as drogas
O abuso de substãncias altera o funcionamento da região dorsal do núcleo estriado. De certa forma, é como se nos apaixonássemos por um entorpecente. “Trata-se de mera suposição, porém o carinho profundo, por também mexer com essa estrutura, talvez diminua a vontade de se drogar”, diz Pfaus. Na contramão, o vício dificultaria a capacidade de se apegar ao próximo.
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