Fazer perguntas sempre foi muito importante. Quem pergunta conduz. Esta velha fórmula aponta com precisão a importância de fazer boas perguntas no exercício da liderança. Um rápido experimento pode confirmar como é fácil liderar outras pessoas por meio de perguntas simples. Pergunte a um conhecido, “o que foi que você fez no último sábado à noite”? Provavelmente ele dirigirá os olhos para cima e irá procurar no seu íntimo as imagens correspondentes à sua pergunta e em seguida ele vai responder. Em espírito, através da pergunta que você fez, você o levou de volta para o sábado à noite. Ele voltou para lá em pensamentos. Pode-se fazer a mesma coisa com o futuro, por exemplo, perguntando o que você pensa fazer no final de semana. No dia a dia da liderança, você pode, por meio de perguntas, levar qualquer colaborador as suas próprias ideias. Você pode levá-lo a perceber relações e enxergar ligações. Mas, sobretudo, você obtém informações sobre o colaborador, sobre o que ele pensa, o que ele sente, o que ele planeja.
As perguntas manifestam o interesse pela pessoa. Elas são uma espécie de valorização. No plano relacional, a pergunta diz: sua opinião é importante para mim. Você é importante! As perguntas são exercícios do Espírito. Ao fazer uma pergunta, eu coloco em segundo plano a mim próprio, as minhas opiniões e me volto para o outro. Ele está sendo perguntado, por isso, de dentro dele sai as respostas. Abro-me e aceito alguma coisa. Ao mesmo tempo, posso observar e sentir o que a pergunta faz comigo, o que estou sentindo. Por isso, caro leitor, na condução da conversa, as perguntas possuem uma função fundamental. Por meio das perguntas abertas, as que começam com que, qual, como, onde, você obtém informações. A atitude interior correspondente a de aprender, de colher, de retrair-se. As perguntas fechadas só se podem dar como resposta um sim ou não. Perguntas fechadas levam a decisões, fixam, dão por encerrado. São perguntas fechadas, por exemplo: isto está certo? Você virá? Uma boa liderança que respeite as pessoas e as tarefas evidencia-se através de uma boa cultura da pergunta. E você, leitor, o que você acha disso?
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