Valorizando suas raízes, Ledovilho fundou as Empresas Biasi com o propósito de manter a maior herança que considera, deixada por seu pai: o sobrenome. Sua primeira empresa fundada foi no ramo da construçÃo civil. Ele conta que a paixÃo surgiu na infância, ainda quando seu pai trabalhava como carpinteiro. “Na época, meu pai desbravava o mato e construía as casas manualmente, e eu sempre acompanhei o seu trabalho até os meus sete anos, quando ele faleceu. EntÃo, foi aí que eu peguei amor pela profissÃo”, relembra.
O empresário destaca que desde a infância trabalhou na lavoura para ajudar com as despesas da família, mas o amor pela carpintaria sempre se fez mais forte. “Quando meu pai morreu, guardei todas as ferramentas dele e montava os brinquedos. Neste tempo comecei a fazer cruzes para as crianças que faleciam. E assim fui crescendo e evoluindo, cada vez pegando mais amor pela profissÃo herdada de meu pai”, analisa.
Com o passar dos anos, o empresário conta que passou a se dedicar mais pela profissÃo e decidiu trabalhar exclusivamente como carpinteiro. “Fui procurar trabalho e as pessoas apenas sabiam o meu nome, mas quando eu falava de quem eu era filho eu era contratado. E essa foi a maior herança que meu pai me deixou: o sobrenome dele, que até hoje usamos na marca Biasi”, revela.
Os anos foram passando, e a família cresceu. Quando o primeiro filho nasceu, ele cita que decidiu instalar uma empresa voltada para a família no ramo da construçÃo civil. Atualmente, as Empresas Biasi trabalham no segmento de construçÃo civil – na linha de estruturas metálicas e pré-moldados, obras industriais, obras para o setor leiteiro, aviários e granjas de suínos – no ramo de transportes e fábrica de tanques e carretas, além de inspeçÃo veicular. A expansÃo dos negócios, também levou a ampliaçÃo das estruturas, hoje instaladas além do município de Caibi, na cidade de Palmitos.
Analisando sua trajetória, com semblante simples e carismático, o empresário frisa que, toda a empresa passa por situações delicadas, sejam elas financeiras, profissionais entre outros motivos, mas que assumir as rédeas nos momentos de dificuldade, é essencial para manter qualquer negócio ativo. “Eu nunca fui de perder tempo com os percalços, sempre fui de ver em cada problema uma soluçÃo. E isso sempre deu certo. É por isso que nÃo mudei até hoje, pois o tempo que você leva para procurar um culpado, é o mesmo tempo que você leva para resolver o problema”, frisa.
Além disso, reforça que valores éticos e morais que carrega de herança, sÃo ingredientes fundamentais para a permanência dos negócios. “A liçÃo que aprendi é que para você crescer tem que usar o dom que Deus deu. Ele nÃo cobra nada. Costumo usar esse dom para crescer e fazer meus clientes e funcionários crescerem. Automaticamente, se seus clientes crescerem, você é obrigado a crescer junto, senÃo nÃo vai acompanhá-lo”, compara. Outro detalhe apontado, é o zelo e acompanhamento, sempre que possível, dos trabalhos realizados. Ledovilho gosta de acompanhar as obras pessoalmente, em seus arquivos pessoais, fotos e vídeos comprovam a satisfaçÃo do empresário em orientar e estar presente em todos os momentos possíveis do trabalho contratado. “Procuro falar pouco e dar exemplo. Estamos sempre juntos no trabalho, participando e vendo as dificuldades que tem para ajudar a resolver”, revela.
EQUILÍBRIO EMPRESARIAL E QUALIDADE DE VIDA
Sócio fundador das empresas Biasi, Ledovilho Biasi
Diante da instabilidade econômica no mercado, o patriarca usa um ditado antigo para exemplificar como atua em seus negócios: ‘nunca se coloca os ovos dentro de uma cesta, pois se essa cesta cair, quebra tudo’. Ou seja, segundo ele, deve existir diversidade no modelo de negócios. “Neste sentido, conforme meus filhos foram nascendo fui abrindo novas empresas para eles terem onde trabalhar. Além disso, quando uma empresa estiver com problema sempre temos a outra para dar equilíbrio”, orienta.
Outro ponto destacado pelo empresário é a valorizaçÃo dos clientes. Ele recorda que iniciou sua carreira fabricando ‘cruzes e patentes’, e hoje valoriza muito suas raízes com humildade. “Nunca deixei de atender um cliente por ser uma obra menor ou maior. Sempre procurei atender todos igualmente”, aponta.
E por falar em raízes, o caibiense cita com orgulho sua trajetória construída em um pequeno município do Extremo Oeste Catarinense. Ele conta que seu pai foi morar em Caibi em 1948, numa época em que o município ‘era puro mato’. “Tive a infelicidade de viver com o meu pai até os meus sete anos, mas se tem uma coisa que aprendi com ele é que árvore que tem raízes fortes nÃo cai”, simboliza.
E quando questionado a respeito da receita para a evoluçÃo ele aponta a uniÃo e diálogo como ingredientes principais. “Temos que estar unidos! Esse é o segredo para dar certo. Sempre pedi a Deus para que cada um dos meus filhos tivessem o dom para um trabalho, e eles tiveram, mas dependem um do outro para trabalharem juntos”, declara com orgulho. Mas também enfatiza que trabalhar em parceria, com dedicaçÃo, criatividade, competência e espírito e equipe, sempre acompanhando a evoluçÃo do mercado, se faz necessário e fundamental para manter-se no mercado, tÃo competitivo.
Mas para dar continuidade aos negócios da família, o conselho de pai para os três filhos que dÃo continuidade aos negócios da família é: “Neste sentido, o que posso deixar de legado para os meus filhos é que eles nunca devem colocar o dinheiro na frente do valor humano”, finaliza.
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“Investir em Santa Catarina significa ter retorno imediato”, declara Mario de Aguiar
O presidente da FederaçÃo das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) Mario Cezar de Aguiar destaca modelo descentralizado e diferenciado da indústria catarinense em recente entrevista à imprensa do estado e aponta indústria 4.0 como modelo padrÃo para a evoluçÃo necessária desse segmento
Mario Cezar de Aguiar
Em entrevista concedida com exclusividade à Agência Adjori/SC o industrial Mario Cezar de Aguiar, que assumiu a presidência da FederaçÃo das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) em agosto, afirma que o intuito de seu mandato será manter o reconhecimento que a sociedade tem para com a indústria catarinense.
Segundo Aguiar, a indústria, como qualquer outro setor produtivo, sofre com a indefiniçÃo política em que o país passa. “É um momento bastante difícil e os números comprovam isso. O número de pessoas desempregadas, por exemplo, é um reflexo de que a economia nÃo vai bem. Logicamente que a indústria sofre esses reflexos. Agora, essa reduçÃo do ritmo econômico se acentua. A economia como um todo perdeu força. Esperávamos um crescimento melhor nesse ano, mas parece que isso nÃo vai acontecer”, menciona.
Ele cita, que um dos grandes diferenciais da indústria catarinense é sua diversificaçÃo pelo modelo descentralizado. “Temos um diferencial em relaçÃo ao restante do país. Isso ficou demonstrado num passado recente, quando crescemos praticamente quatro vezes mais que o crescimento brasileiro. Esse ano também devemos fechar com crescimento bem maior que o verificado no país, algo em torno de três vezes mais”, declara o presidente.
Aponta ainda que, Santa Catarina com 1,1% do território nacional é a sexta economia do país. Porém, historicamente está no final da lista de retorno em investimentos do governo Federal. “Por uma questÃo de inteligência, investir em Santa Catarina significa ter retorno imediato. Posso dizer que investir em Santa Catarina é, realmente, investimento, e nunca despesa”, relata.
INDÚSTRIA 4.0
Para contribuir com o desenvolvimento das pequenas, médias e grandes indústrias, em todas as regiões, Aguiar ressalta que Santa Catarina está se preparando para ser a indústria 4.0, mas esta é uma preparaçÃo contínua. Mais do que isso, esta é uma quebra de paradigmas e um grande número de indústrias já está trabalhando dentro deste conceito, a exemplo dos casos de sucesso desta reportagem as quais apontam a necessidade da inovaçÃo sustentável das indústrias. “Temos na FederaçÃo ferramentas de apoio para auxiliar as empresas a entrarem nesta quarta revoluçÃo industrial. Estamos fazendo este trabalho em todo Estado. Os investimentos em tecnologia sÃo bastante significativos, mas também vÃo trazer resultados expressivos. É uma questÃo de inteligência. Se quisermos ter uma indústria competitiva nÃo podemos ficar de fora deste processo”, finaliza.
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