A 267ª vítima do rompimento da barragem Córrego do Feijão,
em Brumadinho (MG), foi identificada nesta terça-feira, dia 20, pela Polícia
Civil de Minas Gerais, por meio do Instituto Médico Legal (IML).
Através de um exame de DNA, a instituição confirmou a identidade
de Cristiane Antunes Campos, que tinha 35 anos à época da tragédia, em 25 de
janeiro de 2019. Ela era natural de Belo Horizonte (MG) e trabalhava como
supervisora de mina. Cristiane foi localizada pelo Corpo de Bombeiros Militar
de Minas Gerais.
O governador Romeu Zema reforçou, nas redes sociais, o
compromisso do governo do estado em amenizar o sofrimento causado pela
tragédia. “Não sossegaremos até encontrarmos todos os desaparecidos, diminuindo
um pouco a dor dos familiares”, afirmou.
O rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho
tirou a vida de 272 pessoas, das quais duas estavam grávidas. Três vítimas
ainda não foram localizadas.
Neste mês de dezembro, o Corpo de Bombeiros contabilizou
mais de 1.400 dias de operação em Brumadinho. Desde o início da tragédia, 5.735
bombeiros militares foram empregados na operação.
Na fase atual, o Corpo de Bombeiros está na oitava
estratégia de buscas, operando com as Estações de Buscas, que consistem em
equipamentos industriais de peneiramento adaptados para a realidade operacional
da Operação Brumadinho. A nova estratégia permitiu um ganho em volume
processado, que alcança cerca de 200 toneladas por hora em cada equipamento.
Além das mortes, o rompimento da barragem da Vale gerou uma
série de impactos sociais, ambientais e econômicos na bacia do Rio Paraopeba e
em todo o estado de Minas Gerais. A tragédia é considerada um dos maiores
desastres ambientais da mineração do país, depois do rompimento da barragem de
Fundão, da mineradora Samarco, em Mariana, também em Minas Gerais, que
aconteceu no dia 5 de novembro de 2015.
O rompimento da barragem em Mariana matou 19 pessoas, lançou
cerca de 45 milhões de metros cúbicos de rejeitos no meio ambiente, compostos
por óxido de ferro e sílica, principalmente, e soterrou o subdistrito de Bento
Rodrigues, deixando um rastro de destruição que se estendeu até o litoral do
Espírito Santo.
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