Nº de microempresas fechadas cresce 44% em SC
Última atualização 1 de setembro de 2015 - 08:14:14
O número de microempresas que fecharam as portas no estado aumentou 44% no primeiro semestre de 2015, segundo a Junta Comercial de Santa Catarina, em relaçÃo ao mesmo período do ano passado. Para driblar a crise, pequenas empresas catarinenses têm adotado preços menores e promoções para sobreviver.
A recessÃo, o dólar alto, a previsÃo de déficit no orçamento, além do desemprego, têm mudado a rotina dos catarinenses e faz microempresários adotarem estratégias de marketing.
RISCOS DO DESCONTO
No comércio, as ofertas e descontos sÃo o que mais se vê nas vitrines. Os abatimentos variam de 20% a 70%. Segundo a coordenadora regional do Sebrae em Santa Catarina, Soraya Tonelli, baixar muito o preço do produto sem um conhecimento muito claro de sua estrutura de custos pode trazer problemas para o negócio.
Um dos riscos é o de baixar demais e nÃo dar conta de pagar os tributos. “Baixar o preço interfere também no ponto de equilíbrio da empresa, ou seja, quantos produtos eu tenho que vender pra cobrir meus gastos fixos”, diz Soraya.
FIDELIZAÇÃO E PARCELAMENTO
Outras opções pra fisgar o consumidor sÃo campanhas de fidelizaçÃo ou o parcelamento. “Muitas vezes a decisÃo de uma compra nÃo está no preço, mas está na forma de pagamento. EntÃo, se é mais facilitado, se cabe melhor no fluxo de caixa do consumidor, eu também tenho um diferencial como empresa”, afirma Soraya.
EXPECTATIVA
Para a economista Luisa Loss, a situaçÃo atual é bem complicada. “O que a gente acredita é que a economia brasileira vai continuar se deteriorando nesse ano, ou seja, vai continuar difícil conseguir emprego novo, o dólar vai continuar ficando mais caro durante todo esse ano e no ano que vem também.”
Ela diz que vai demorar para a economia se normalizar. “Em 2017 a situaçÃo começa a melhorar um pouco, mas retomada mesmo da atividade, só em 2019”, alerta.
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