“Não podemos mais uma vez pagar a conta da incompetência desse governo”, critica deputado Marcos Vieira
Última atualização 16 de setembro de 2015 - 08:55:04
Em um momento que o governo federal propõe novo aumento de impostos para estancar a crise, inclusive com o ressurgimento da CPMF, os números mostram que Santa Catarina já paga à UniÃo mais de 10 vezes aquilo que recebe de volta para investimentos, uma situaçÃo insustentável e que impede o desenvolvimento do Estado.
O Fórum Industrial Sul, por exemplo, formado pelas Federações das Indústrias dos três Estados da RegiÃo Sul, divulgou nos últimos dias um relatório que propõe obras de infraestrutura de transporte necessárias atualmente no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, nos modais rodoviário, aquaviário, ferroviário e aeroviário.
A conclusÃo do estudo é drástica: Santa Catarina arrecada em impostos para a UniÃo quase três vezes mais do que os R$ 14,9 bilhões estimados para todas as obras de infraestrutura sugeridas para o período entre 2016 e 2019, porém recebe de volta menos de 6% daquilo que paga e cerca de 15% do que precisaria para tirá-las do papel.
“É um escárnio, uma vergonha. NÃo há argumentos para defender estes números, muito menos a criaçÃo de mais impostos para a populaçÃo. Santa Catarina é absurdamente prejudicada pois tem uma indústria muito forte, que arrecada muito, mas recebe migalhas de volta do governo federal”, criticou o deputado estadual Marcos Vieira, presidente do PSDB-SC.”Enquanto somos convocados a mais uma vez pagarmos a conta da incompetência do governo do PT, temos dezenas de demandas por todo o Estado, algumas gravíssimas como a BR-282 em alguns trechos do extremo-oeste, uma situaçÃo caótica que há anos é tratada à base de operações tapa-buraco”, concluiu o deputado.
Marcos Vieira ainda lembra que algumas obras levantadas pelo estudo das Federações Industriais se arrastam há anos, como por exemplo a duplicaçÃo da BR-470, no Vale do Itajaí, e que já teve a previsÃo adiada mais uma vez recentemente pelo governo federal para 2022. Outras têm custo estimado baixo diante da importância, caso por exemplo da travessia urbana do município de Maravilha (R$ 10,5 milhões), mas nem assim saem do papel. “É muita inoperância por parte desse governo. Nem obras aparentemente simples e que teriam enorme importância para nossa populaçÃo sÃo concluídas ou levam uma eternidade para ser”, ressaltou o tucano.
O deputado ainda defendeu uma maior pressÃo por parte da sociedade para que o Estado nÃo seja tÃo prejudicado nestas questões. “Santa Catarina insiste em crescer, mesmo diante de tantos impedimentos impostos pelo governo federal, e temos demandas urgentes em todos os modais de transporte: rodovias sucateadas, portos e aeroportos que precisam de ampliaçÃo urgente, ferrovias que solucionariam muitos dos problemas atuais, mas nÃo saem do papel. E como nos comprova o estudo, o Estado arrecada mais do que o suficiente para isso tudo, porém a contrapartida da UniÃo é vergonhosa e nos impede de atingir os objetivos. E é esse governo que agora vem nos exigir ainda mais impostos”, finalizou Marcou Vieira.
Algumas obras sugeridas pelo estudo
– BR-282 (adequaçÃo da capacidade) – R$ 200 milhões
– Via Expressa Florianópolis – R$ 505 milhões
– BR 470 (duplicaçÃo de Navegantes a Rodeio) – R$ 720 milhões
– BR-163 (adequaçÃo entre SÃo Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira) – R$ 115 milhões
– Nova ponte sobre o Rio Peperi-Guaçu (R$ 30 milhões)
– Porto de SÃo Francisco do Sul – R$ 435 milhões
– Porto de Itajaí – R$ 450 milhões
– Porto de Imbituba – R$ 280 milhões
– Novos terminais nos aeroportos de Florianópolis e Chapecó – R$ 230 milhões
– AmpliaçÃo dos aeroportos de Navegantes e Joinville – R$ 35 milhões
– Ferrovia Litorânea (Imbituba-Araquari) – R$ 2,4 bilhões
– Ferrovia Leste-Norte – R$ 4 bilhões
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