DESCANSO
Hélio Daltoé é o candidato a prefeito pelo PMDB em Descanso na coligação “Aliança para o Desenvolvimento”, formada ainda pelo PSDB, PSD, PSB, PDT e DEM. Viúvo e pai de dois filhos, Hélio, 56 anos, é empresário formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Administração e Métodos e Administração Pública. Na vida política exerceu um mandato de vice-prefeito. Em entrevista ao Gazeta Catarinense, o candidato disse que a saúde do município precisa de uma revitalização urgente e promete ações imediatas, caso eleito.
Gazeta Catarinense – Primeiramente, por que o senhor acredita que merece ser eleito prefeito de Descanso?
Hélio Daltoé – Acredito, sobretudo, que qualquer cidadão para ser prefeito precisa entender as raízes dos problemas sociais e urbanos, ter noções da história do País, do Estado e do município. Além disso, precisa entender de economia e do contexto em que o município está inserido para conseguir administrá-lo corretamente. Aguardei anos por este momento e me sinto totalmente preparado para cumprir este papel tão importante juntamente com meu candidato a vice. Mereço sim, ser eleito prefeito, pois tenho a certeza de que reúno todas as características necessárias para isso, pois sou uma pessoa esclarecida, honesta e consigo enxergar com clareza os problemas existentes no município de Descanso.
Gazeta Catarinense – O que deu para sentir da campanha eleitoral até aqui? Acredita que vencerá a eleição?
Hélio Daltoé – A cada dia que passa temos mais certeza que vamos vencer esta eleição e este é o nosso momento. Digo isso porque não estou sozinho nesta campanha, pois tenho ao meu lado pessoas extremamente comprometidas e todos fazemos parte de uma Aliança sólida e competente. Além do sentimento expresso pela maioria da população de que a mudança é extremamente necessária, não participamos destas eleições de forma amadora a ponto de nos apoiarmosem indícios. Pesquisas periódicas e de cunho investigativo permitem dizer o que estamos afirmando.
Gazeta Catarinense – O senhor concorre contra o atual prefeito que busca a reeleição. Qual é sua principal bandeira de campanha?
Hélio Daltoé – Nossa principal bandeira de campanha é demonstrar que o nosso projeto para o próximo governo é o melhor. No entanto, não é possível disfarçar que o povo clama por segurança quanto aos cuidados com a saúde. O sistema de saúde precisa de uma revitalização urgente, ou seja, teremos um grande trabalho nesta área, mas que trataremos com carinho especial já nos primeiros dias de nosso governo.
Gazeta Catarinense – A saúde pública é um setor que sempre está aquém do ideal, indiferente do município em análise. Aqui em Descanso, qual o diagnóstico que o senhor faz do setor e o que precisa ser melhorado?
Hélio Daltoé – O sistema atual de saúde não está conseguindo atender as necessidades de nossa população. Precisamos adequar toda a estrutura e o sistema de funcionamento de nossas unidades de atendimento, isto em respeito ao cidadão. A pessoa que procura pelo atendimento na saúde geralmente está fragilizada emocionalmente e precisa de atendimento digno e responsável. A demora nos procedimentos, a desinformação e a falta de perspectivas seguras para a solução que o cidadão procura contribuem muito para o agravamento de seu problema de saúde, e não ao contrário, que seria o seu restabelecimento.
Gazeta Catarinense – A exemplo dos demais municípios da região, Descanso tem sua economia voltada para o setor agrícola. Quais são suas propostas para este segmento?
Hélio Daltoé – A agricultura, razão do povoamento e fonte única da economia de nossos pioneiros, realmente contribui decisivamente para a economia de nosso município. No entanto, não tem tido o retorno suficiente para retribuir com benefícios, financiamentos e apoio necessário para tornar o setor atraente para a população mais jovem. O setor agrícola carece de tecnologias mais acessíveis, que vão desde o acesso à internet, cultura, esporte e lazer às condições de trabalho, transporte e valorização do que é produzido no campo.
Gazeta Catarinense – Na sua visão, qual é hoje o setor com mais problemas na cidade e que necessita de uma ação rápida da próxima administração?
Hélio Daltoé – É visível que a cidade de Descanso e o distrito de Itajubá estagnaram nas dimensões de seu perímetro urbano. A quase totalidade de imóveis construídos foi em decorrência de famílias que saíram o interior e foram residir na cidade. É praticamente impossível encontrar alguém de fora que tenha escolhido Descanso como local para morar. A total despreocupação da atual administração para com o setor habitacional anulou a demanda de habitaçõesem Descanso. Há, portanto, um enorme déficit de moradias e que deve ser corrigido com extrema seriedade.
Gazeta Catarinense – Faltando quatro meses para encerrar o mandato de Sadi Bonamigo, qual o principal ponto positivo e qual o ponto negativo que o senhor avalia como político e cidadão?
Hélio Daltoé – A avaliação que faço não é a do político Hélio Daltoé, mas a do cidadão comum e que vive em Descanso desde sua infãncia. O principal ponto positivo a considerar é o fato de o atual grupo político ter chegado ao poder e demonstrado à população descansense a diferença entre o discurso e a prática. A promessa de 500 novos empregos, a construção de 200 novas moradias entre outras promessas revolucionárias e não cumprir nada disso, é apenas um exemplo do que estamos afirmando. As ações desenvolvidas são todas elas comuns do serviço público e foram executadas pelos funcionários de carreira da prefeitura. Não houve inovação, criatividade e um diferencial que possa ser ressaltado pela população.
Gazeta Catarinense – Na questão de infraestrutura, quais suas propostas para buscar a eleição?
Hélio Daltoé – Os investimentos em infraestrutura geralmente são caros e absorvem muito dinheiro dos cofres da prefeitura. Este setor geralmente é desconsiderado porque recursos para a educação e saúde são prioritários e absorvem grande parte dos recursos. Será preciso, então, buscar os recursos junto aos governos estadual e federal. Temos, nestas duas esferas de governo, senadores e deputados, representantes influentes que intermediarão a aprovação de nossos projetos para este setor.
Gazeta Catarinense – No Oeste, assim como em outras regiões, vem ocorrendo um fenÔmeno onde os municípios menores estão perdendo seus habitantes para cidades, maiores cidades pólos. Quais suas políticas para combater esse problema e fazer com que os habitantes de Descanso permaneçam e invistam por aqui?
Hélio Daltoé – Um morador descansense migra para outros centros somente quando não encontra aqui as condições para a construção de seus sonhos. Portanto, cabe ao poder público a articulação das ações que possam oferecer as alternativas para o desenvolvimento de projetos pessoais e coletivos. Todo o empreendedor precisa de segurança e uma garantia de que seu negócio irá prosperar. Para isso precisa primeiro acreditar na cidade e suas lideranças. A atual administração sequer deu os devidos incentivos e o aporte que outras cidades deram a quem se propÔs a investir em seus municípios, como desprezou as intenções dos pretendentes.
Gazeta Catarinense – O senhor concorre contra o atual prefeito. Isso ajuda ou atrapalha na corrida eleitoral?
Hélio Daltoé – Sob a ótica do candidato Hélio Daltoé e de minha equipe de campanha não ajuda e nem atrapalha. Sabemos que temos um oponente com a máquina administrativa nas mãos para impulsionar sua campanha. Salta aos olhos de todos os descansenses que o maquinário está sendo levado à exaustão trabalhando de sol a sol sem tempo sequer para a manutenção dos componentes básicos. Com o seu desempenho, o eleitor tem, nesta eleição, a condição de fazer os devidos comparativos e certamente percebeu, no atual prefeito, a fragilidade e falta de habilidade para montar uma boa equipe, mantê-la unida, motivada e, sobretudo, liderá-la, o que é uma das grandes virtudes necessárias ao detentor do cargo público mais importante de nosso município.
FRASES
“A atual administração sequer deu os devidos incentivos e o aporte que outras cidades deram a quem se propÔs a investir em seus municípios, como desprezou as intenções dos pretendentes”.
“Sou uma pessoa esclarecida, honesta e consigo enxergar com clareza os problemas existentes no município”.
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