Municípios infestados pelo Aedes aegypti em SC vistoriaram 29,7% dos imóveis
Última atualização 27 de janeiro de 2016 - 11:23:33
A 17 dias de fechar o primeiro ciclo do plano estadual de combate ao mosquito Aedes aegypti, os municípios catarinenses estÃo longe de atingir a meta de vistorias em imóveis. Levantamento feito pelo Diário Catarinense entre quinta e sexta-feira com os 28 municípios considerados infestados pelo inseto – apresentaram em 2015 número mais alto de focos – mostra que até o dia 22 de janeiro 29,7% dos imóveis foram vistoriados.
A meta seria de 366 mil residências, número repassado pelos próprios municípios. Baseado no dado oficial do governo, divulgado semana passada apontando 9,6% de imóveis vistoriados, o coordenador do Programa Estadual de Combate à Dengue, JoÃo Fuck, explica que muitos municípios começaram o trabalho na segunda semana das ações e que ¿ainda é um número pequeno¿, mas o trabalho tem sido intensificado:
– É cedo para dizer [se a meta será cumprida], pois quando divulgamos o boletim muitos municípios nÃo tinham passado os dados. No próximo boletim devemos ter uma análise mais detalhada – reforça, citando o relatório que será divulgado hoje pela Dive.
Esse resultado é puxado por Florianópolis, que até entÃo tinha a maior meta do plano, cerca de 93 mil imóveis e terrenos, e iniciou o ciclo de vistorias nesta segunda-feira. Porém em reuniÃo com a sala de situaçÃo estadual, reajustaram a meta para 43 mil, que engloba somente os bairros infestados: Coloninha, Monte Cristo, Capoeiras e Canasvieiras (os demais devem receber orientaçÃo). A gerente de Vigilância Ambiental de Florianópolis, Priscila dos Santos, justifica o atraso devido à capacitaçÃo dos novos agentes de endemia, 50 profissionais que devem assumir a partir de fevereiro:
– NÃo significa que a gente nÃo esteja vistoriando as residências nas áreas infestadas, mas agora vamos começar o trabalho com os agentes comunitários de saúde – diz, acrescentando que a meta será cumprida só no final de fevereiro.
Outro município que ainda precisa avançar é Chapecó, que tem como meta 90 mil imóveis, mas só vistoriou 20 mil. O coordenador da sala de situaçÃo da cidade, Junir Lustinski, explica que precisam reforçar a necessidade do apoio dos 140 profissionais de saúde do município, pois os 80 agentes de endemia nÃo têm como fazer tantas vistorias:
– Neste ritmo nÃo vamos conseguir fechar a meta – sentencia.
Coronel Freitas, também no Oeste, foi o último a instalar a sala de situaçÃo. O secretário municipal de Saúde, Alex Massolini, garante que a estrutura começou a transmitir dados da cidade ontem.
JoÃo Fuck defende que as salas, por envolverem vários órgÃos, sÃo importantes para identificar buscar soluções e identificar evoluçÃo de focos e ocorrências de pessoas infectadas pelo Aedes aegypti, transmissor de dengue, febre chikungunya e zika vírus.
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