Municípios da região decretam situação de emergência
Última atualização 18 de dezembro de 2015 - 15:14:54
REGIÃO –Na segunda-feira, dia 14 e madrugada de terça-feira, dia 15,a regiÃo sofreu com um volume de chuva acima do normal para o mês de dezembro. Dos oito municípios de fazem parte da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Palmitos quase todos tiveram volumes acima de 200 milímetros. Águas de Chapecó, Cunha PorÃ, Caibi, Palmitos e Riqueza decretaram situaçÃo de emergência.
Foram praticamente 12 horas de chuva torrencial que deixou estradas intransitáveis, pontes e bueiros destruídos, queda de barreira, lavouras alagadas, famílias isoladas e produçÃo agrícola estocada nas propriedades rurais dos municípios. Em contato com os municípios da regional, a reportagem do Jornal Expresso d’Oeste constatou que o maior estrago se concentra no interior de cada município. Até o momento, a Defesa Civil está mapeando os estragos para contabilizar os prejuízos.
ÁGUAS DE CHAPECÓ
De acordo com o chefe de gabinete da AdministraçÃo Municipal de Águas de Chapecó, Gilson Alencar Giongo, os maiores estragos se concentraram nas estradas, bueiros, pontilhões do interior. Em menor proporçÃo a enxurrada danificou algumas lavouras.
Na cidade, quatro famílias foram retiradas das casas. Ele estima que choveu em torno de 180 milímetros em 12 horas. Águas de Chapecó decretou estado e emergência. A Polícia Militar Rodoviária (PMRv) registrou um deslizamento de pista no km 134 da rodovia SC 283 em Águas de Chapecó, sendo interditada a pista, mas depois liberada em meia pista pela PMRv.
CUNHA PORÃ
No município foram 205 milímetros em 12 horas. De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil, Sedenir César Kipper, as estradas do interior e as lavouras foram as mais atingidas. Algumas pontes foram danificadas e 21 famílias na cidade foram atingidas pelo alagamentos, sendo que uma é do interior.
Ele relata que o município estava ainda se recuperando da chuva de julho. Kipper acrescenta que os prejuízos pessoais das famílias atingidas na cidade devem chegar a R$ 100 mil. No interior, as máquinas estÃo abrindo novos caminhos para fluir o tráfego de carros e caminhões. Ainda está sendo feito o levantamento dos estragos para ver se é decretado situaçÃo de emergência.
O Corpo de Bombeiros de Cunha Porà deslocou até a Linha Glória e Linha do Meio, no interior de Cunha PorÃ, para
CUNHATAÍ
O município de Cunhataí nÃo decretou situaçÃo de emergência, mas o prefeito Marcos Theisen afirma que os estragos no interior foram significativos. Estradas, bueiros, pontes e lavouras foram danificadas. O excesso de chuva interrompeu o tráfego de veículo e prejudicou o escoamento dos produtos agrícolas.
Ele estima que tenha chovido em torno de 200 milímetros. Na cidade, algumas casas e estabelecimentos comerciais foram alagados.
PALMITOS
O município de Palmitos decretou situaçÃo de emergência devido à chuva. Segundo o secretário da Defesa Civil, Fernando Bittencourt, estradas, bueiros, pontes foram totalmente ou parcialmente destruídas. Aproximadamente 100 hectares de lavoura foram atingidas pelo alagamento.
De acordo com Bittencourt, foram 200 milímetros em 12 horas, sendo que em julho o volume de chuva foi distribuído em 72 horas. Uma família da Barra Grande teve a casa levada pela água, e felizmentenÃo deixou vítimas.
Na cidade vários pontos ficaram alagados, interrompendo o fluxo de veículos próximo aos postos de combustíveis da Cooper A1 e Tio Tito e MaxSul. Na linha Aléssio um moinho foi invadido pela água, tendo perdas de máquinas e produtos.
RIQUEZA
Segundo o secretário de Obras, Transporte, Serviços Públicos e Agricultura de Riqueza, LiandroJaezinski, essa enxurrada foi a pior até o momento, sendo decretado situaçÃo de emergência. Foram mais de 200 milímetros de chuva em 12 horas.
Pontes, pontilhões e estradas foram parcialmente e algumas totalmente danificadas. A regiÃo mais atingida, segundo o secretário, foi as linhas que fazem divisa com o município de Iraceminha. As lavouras nÃo foram tÃo prejudicadas devido ao relevo.
Duas famílias foram retiradas das casas pelo Corpo de Bombeiros. A AdministraçÃo Municipal está fazendo o mapeamento dos estragos. As máquinas já estÃo fazendo as recuperações de algumas estradas. Ele acredita que até sexta-feira todas as propriedades terÃo acesso para o escoamento dos produtos agrícolas.
SÃO CARLOS
Em 10 horas em torno de 200 milímetros foram registrados em SÃo Carlos. Praticamente 90% das pontes foram danificadas, sendo que a maioria foi perda total. Conforme o secretário de Agricultura, Gelson Dupont, dessa vez o impacto foi maior devido ao volume alto de chuva em pouco tempo.
Os prejuízos foram nas estradas, lavouras de milho, erosÃo das pastagens, queda de barreiras, propriedades rurais sem acesso e famílias foram removidas das casas. Os maquinários num primeiro momento estÃo recuperando os principais acessos do interior para escoar os alimentos das propriedades. Uma equipe já está mapeando os prejuízos, para ver se será decretado emergência.
O Corpo de Bombeiros de SÃo Carlos/Águas de Chapecó prestou diversos atendimentos em as ocorrências de alagamento e inundações na cidade e no interior, sendo que o Balneário de Pratas foi um dos pontos mais atingidos, com um número maior de desalojados.
Segundo a Defesa Civil de SÃo Carlos, uma família teve que ser resgatada no centro da cidade. O Fórum da Comarca foi tomado pela água, sendo necessário o resgate de sete pessoas e segundo o Corpo de Bombeiros todos estÃo bem. O alto nível do Rio Lajeado Moraes que corta a cidade, transbordou em vários pontos, o que causou inúmeros danos a moradores e comerciantes.
MONDAÍ
O município de Mondaí foi o menos prejudicado comparado aos outros. De acordo com o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, André Sott, choveu em torno de 120 milímetros. Bueiros e estradas foram danificadas em algumas regiões, e o rio Uruguai chegou a oito metros acima do nível normal. Porém a passagem da balsa foi interrompida. Nenhuma família precisou sair de casa devido à chuva.
A Linha Antas e Tatu tiveram alguns pontos de alagamento em estradas e lavouras. Ele acrescenta que os maiores danos foram nos acessos as propriedades. Sott ressalta que os estragos já foram recuperados.
CAIBI
O município de Caibi teve 12 pontes e 80 tubulações danificadas. Segundo o prefeito de Caibi, Dilair Menin, todas as estradas do interior foram danificadas. Caibi registrou mais de 200 milímetros em algumas regiões do município.
De acordo com o secretário de Agricultura e coordenador da Defesa Civil, Rubens Diniz, vai ser decretado situaçÃo de emergência, pois comunidades ficaram isoladas, impossibilitando o escoamento dos produtos agrícolas. A regiÃo mais atingida foi a Norte, que compreende as comunidades da Linha Aparecida, SÃo Pedro, SÃo Paulo e Planaltina.
O prejuízo estimado pelo Governo Municipal chega a R$250 mil entre pontes, bueiros e estradas danificadas. “Infelizmente, dependemos do clima e também de tempo, visto que é impossível realizar todos os consertos em um ou dois dias. Temos feito o possível para amenizar os problemas em todo o interior do município”, comenta o prefeito.
Diniz ressalta que duas casas do interior foram danificadas, lavouras de milho e pastagens foram atingidas pelos rios que cortam interior. A Linha Planaltina ficou 20 horas sem luz, devido à queda de postes. Na quarta-feira, dia 16, as máquinas já foram recuperar alguns acessos para estabilizar o tráfego de veículos e normalizar o escoamento dos produtos agrícolas.
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