REGIÃO
Uma mulher de Iraceminha morreu no Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, na madrugada de quarta-feira, em São Miguel do Oeste. Inês Manica foi internada com suspeita de Gripe A (H1N1), recebeu alta e esta semana voltou a ser internada. Segundo a médica infectologista do Hospital, Priscila Garrido, a paciente não morreu de Gripe A, mas não é descartada a possibilidade de a paciente ter tido uma complicação em decorrência da doença. “Estão sendo aguardados os resultados de vários exames, mas até o momento não podemos afirmar qual foi o motivo da morte”, frisa Priscila. A paciente era esposa do vice-prefeito de Iraceminha, Itacir Manica.
Na região, três pacientes de Princesa estão internados no Hospital de São José do Cedro com suspeita de Gripe A e aguardam o resultado do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). O município de Descanso também tem um caso suspeito e Mondaí tem dois, totalizando seis casos suspeitos na região. Outros seis casos foram descartados.
Esta semana, três novos casos de Gripe A foram confirmados. Depois de um caso na semana passada, São José do Cedro confirmou um novo caso da doença esta semana, em uma mulher de 50 anos de idade. O diagnóstico dos primeiros casos da Gripe A, em São Miguel do Oeste foram confirmados terça-feira, em uma adolescente de 15 anos de idade e em um rapaz de 19 anos. Segundo a responsável pelo Setor de Epidemiologia, Alzira Costa Winter, mais de 100 pessoas já foram medicadas com o Tamiflu, em São Miguel do Oeste.
Os casos confirmados abrangem pessoas da faixa etária que não foram imunizadas durante a Campanha contra a Gripe. Por falta de vacinas, a Campanha imunizou apenas crianças de 6 meses e menores de 2 anos, gestantes, profissionais da saúde e idosos a partir dos 60 anos de idade. A confirmação dos casos fez com que muita gente procurasse clínicas particulares, mas mesmo assim não foi possível receber a vacina, que custa R$ 90,00.
Segundo a médica responsável pela Central de Vacinas, Daniele Piske Pohlmann (CRM-SC 9942), as vacinas estão em falta e somente a partir da segunda quinzena de julho a Central terá uma posição se receberá novos lotes. “As pessoas deveriam ter sido vacinadas ainda em abril, mas a maioria da população esperou para ser imunizada agora”, diz Daniele. A vacina demora 14 dias para produzir bons níveis de anticorpos e 30 dias para atingir níveis ótimos.
COMO PREVENIR
De acordo com a médica infectologista do Hospital Regional, Priscila Garrido, o H1N1 é um tipo de Influenza A, classificado conforme suas características anti-higiênicas. A transmissão do vírus se dá através do contato direto com secreções respiratórias de uma pessoa contaminada, ao falar, tossir, espirrar e também indiretamente. “Se as mãos que tocam superfícies contaminadas por estas secreções entrarem em contato com a boca, nariz e olhos, há a transmissão do vírus por contato indireto”, informa Priscila.
Para prevenir a doença, é aconselhável cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar; lavar frequentemente as mãos com água e sabão e produtos à base de álcool. Também é recomendável não compartilhar objetos de uso pessoal, evitar tocar olhos, boca, nariz e procurar não frequentar locais com aglomeração de pessoas.
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