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MST comemora três décadas de organização em Santa Catarina

Última atualização 29 de maio de 2015 - 09:26:30

Lideranças do Movimento reunidos no município de Paraíso (Foto: Roger Brunetto)
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que surgiu no Extremo-oeste em Abelardo Luz, comemorou no último domingo, dia 24, no Assentamento Três Passos, interior de Paraíso, 30 anos de história. A comemoraçÃo foi marcada pela 27ª Festa de Nossa Senhora do Caravaggio, tradicional festa religiosa da comunidade. Em decorrência da forte chuva, a Romaria nÃo foi realizada.
Durante a missa, que teve duraçÃo de duas horas, foi possível ouvir depoimentos de assentados e pessoas que ajudaram na articulaçÃo do movimento desde o início da trajetória. Segundo os relatos, as primeiras ocupações na regiÃo ocorreram na madrugada do dia 25 para o dia 26 de maio de 1985, nos assentamentos 25 de Maio (à época denominado Rabo de Galo), em Barra Bonita, e em Bandeirante, no município de Bandeirante.
O ex-prefeito de SÃo Miguel do Oeste, Nelson Foss da Silva, que foi pro três vezes presidente da Cooperoeste e um dos líderes do MST, lembrou que nas primeiras ocupações, graças a grande articulaçÃo externa do MST, os assentados sempre receberam visitas. “Isso foi fundamental para que as famílias conseguissem terras”, assinalou. Também recordou que aquele momento histórico teve uma repercussÃo extraordinária na vida de todos os sem terras.
Nelson destaca que a luta valeu a pena, já que muitos conseguiram um pedaço de chÃo para produzir. “Além disso, há as empresas que surgiram graças ao MST. Um exemplo é a Cooperoeste, que colaborou significativamente para frear o êxodo rural, além de gerar inúmeros empregos diretos e indiretos e impostos que retornam à populaçÃo em forma de obras e benfeitorias”, explanou.
Já o atual presidente da Cooperoeste, Celestino Persch, comentou que os 30 anos passaram rápido. “Mais da metade de minha vida foi dedicada ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra”, relatou. Para ele, é necessário que as pessoas construam algo em benefício para a sociedade e é isso que, segundo ele, o MST fez e faz. Persch recordou as dificuldades e o preconceito que os sem terras passaram. “Superamos tudo com dignidade e humildade. Valeu a pena. Hoje todos estÃo bem e provamos que nossa intençÃo sempre foi de contribuir”, mencionou.

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