O Movimento Pró-Universidade Federal Fronteira Sul do Extremo- Oeste, formado pela Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP), Pastoral da Juventude Rural (PJR), igreja e movimentos sociais de São Miguel do Oeste se reunirá na próxima sexta-feira, dia 27, com prefeitos da Associação dos Municípios do Extremo- Oeste de Santa Catarina (Ameosc), vereadores, lideranças das comunidades e deputados para apresentar o projeto do campus da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS) na região.
Conforme uma das representantes do Movimento Pró-Universidade, Jociani Pinheiro Hammes, a intenção é dialogar com as lideranças municipais, estaduais e federais sobre a importãncia de unir forças para garantir o campus para São Miguel do Oeste ou região. “Há quase dez anos em luta, acreditamos que a região Extremo- Oeste merece um campus, já que, o movimento Pró-Universidade esteve presente inclusive na decisão da sede da UFFS em Chapecó”, argumenta.
Além do encontro na sexta-feira, Jociani destaca que o momento será decisivo na próxima quinta-feira dia 03, quando o movimento Pró-Universidade fará a defesa do projeto no Centro de Eventos Plínio Arlindo de Nês em Chapecó. Ela explica que cada microrregião que está pleiteando um novo campus vai apresentar a sua demanda em uma sessão ampliada com duração de seis horas, das 10h às 18h. “Cada microrregião terá 40 minutos para apresentar e defender a proposta. Acreditamos que 'Agora é a hora' de garantir o campus para a região com auxílio das forças políticas”, enfatiza.
Segundo Jociani, as microrregiões articuladas em favor de novos campi da UFFS deverão apresentar suas propostas ao Conselho Estratégico Social (CES), por meio de uma proposta que expresse necessariamente as áreas de conhecimento prioritárias, cursos de graduação pretendidos, justificativas baseadas em estudo de demanda e oferta da região, condições infraestruturais na cidade sede e compromisso do poder público do município sede e região com a expansão da UFFS.
O presidente da Ameosc, Sérgio Theisen, acrescenta ainda que a Ameosc também vive um momento importante de movimentação das forças políticas para implantação da UFFS. “Não lembro quando a nossa região teve tantos representantes políticos. E nós temos força política e precisamos aproveitar isso. A Ameosc tem a pauta da UFFS como prioridade desde o início desta gestão e vamos fazer de tudo para contribuir nessa luta”, ressalta.
Theisen reforça ainda que o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) já colocou quatro salas a disposição da Universidade Federal Fronteira Sul. “Pelo menos para o início dos cursos já temos essa garantia”.
A representante do movimento reforça ainda que a universidade sonhada pela juventude organizada da PJR e PJMP tem uma matriz pedagógica pensada a partir da realidade da região, e a UFFS de acordo com ela, se identifica com esse sonho. “Os cursos escolhidos deverão contribuir para a construção da soberania do ser social e na construção de seres pensantes. Não queremos formar mão de obra barata e sim, possibilitar o acesso à educação superior pública e popular para todos os trabalhadores e trabalhadoras da nossa região”, destaca Jociani.
CURSOS
Com relação aos cursos pretendidos e que inclusive foram focos de discussão em reuniões e audiência pública realizada no ano passado, Jociani explica que a prioridade do movimento Pró- Universidade é garantir o campus para então encaminhar a proposta para novos cursos. Ela explica que entre os cursos listados estão: Pedagogia com ênfase em Educação no Campo, Enfermagem, Veterinária, Comunicação Social hab. em Jornalismo, Música, Direito com ênfase em Relações Internacionais, Agronomia e Letras.
Segundo ela, após a defesa em Chapecó, o Conselho Universitário fará uma sessão exclusiva para decidir a respeito de quais propostas figurarão no plano de expansão interna e externa da UFFS, a ser submetido ao Ministério da Educação em fevereiro de 2015.
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