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Movimento Pró-Universidade, Ameosc e deputados, criticam ação de secretária sobre campus da UFFS

Última atualização 7 de novembro de 2014 - 08:24:06

Em entrevista à rede Peperi de Comunicação, na manhã de quarta-feira, dia 05, a secretária de Educação de São Miguel do Oeste, Sílvia Khun, divulgou a existência de um documento que segundo ela, teria recebido do Ministério da Educação, sobre a não instalação do campus da Universidade Federal em São Miguel do Oeste. Em resposta, o Movimento Pró-Universidade, representante da Ameosc e deputados, criticaram a ação e disseram que a informação não procede e deveria ter sido repassada para os responsáveis atuarem sobre ela

O Movimento Pró-Universidade, representante da Associação dos Municípios do Extremo-oeste de Santa Catarina (Ameosc) e os deputados Pedro Uczai e Padre Pedro Baldissera, contestaram uma informação veiculada na manhã de quarta-feira, dia 05, durante entrevista da secretária de Educação de São Miguel do Oeste, Sílvia Khun na Rede Peperi de Comunicação, sobre a não instalação do campus da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS) no município.

Durante a entrevista, a secretária mostrou um documento que teria recebido do Ministério da Educação afirmando que o campus da UFFS não seria instalado em São Miguel do Oeste. A reportagem do Jornal Gazeta Catarinense procurou pela secretária. Ela disse que o prefeito João Carlos Valar havia recebido o documento ainda no dia 17 de setembro. Segundo ela, nem a Ameosc, entidades e o movimento foram informados sobre o fato. “O prefeito preferiu que passasse o período eleitoral. A imprensa nos procurou e nós falamos. Daí então, eu pedi para o prefeito e falei para o chefe de gabinete e eles me disseram que eu estava autorizada a falar e eu falei”, defende.

Deputado diz que informação repassada pela secretária não procede

Em entrevista com o Deputado Federal, Pedro Uczai, ele afirmou que o mesmo documento mostrado por Silvia foi entregue para os 5. 561 municípios do Brasil. “Você acha que o SISU vai receber uma secretária de Educação e vai dizer para ela que vai ter campus? É claro que não”, contesta.

Uczai reafirmou que a audiência realizada em Brasília no dia 06 de agosto está à frente da resposta recebida pela secretária. “Primeiro porque a pessoa que deu o documento pra ela não estava na audiência. Segundo, para implantar o campus em São Miguel do Oeste, foram encaminhados cinco pontos durante a audiência. Um único que depende do Governo Federal, os outros dependem da universidade, de nós deputados para garantir os recursos orçamentários, dos prefeitos para garantir a área, e do grupo de trabalho para garantir as áreas de conhecimento. Isso todos os líderes que estavam na audiência ouviram”, contextualiza.

Uczai ainda critica a atitude da secretária nos veículos de comunicação. “Não sei qual é a intenção de uma secretária de Educação, que faz esse tipo de afirmação pública, se ela está interessada no campus, ou está interessada em desgastar ou desqualificar o Governo Federal e o movimento Pró-Universidade”, enfatizou.

O Deputado Estadual Padre Pedro Baldissera, também divulgou uma nota em apoio a expansão da universidade. “Já existe um grupo de professores, especialistas e de representantes do Movimento Pró UFFS que trabalhará em comissão no processo de constituição, e a decisão pela implantação já foi apontada. Além disso, os estudos do Movimento Pró Campus da UFFS no Extremo Oeste já avançam significativamente no trabalho”, afirmou o parlamentar.

Padre Pedro ainda destacou que a medida pode não figurar neste momento no ordenamento de prioridades porque depende inclusive das definições que serão tomadas por esta comissão. “As decisões passam também pelo perfil que terão os cursos, entre diversas outras questões que passarão por debates mais amplos inclusive. É importante que entidades, movimentos e as comunidades da região sigam mobilizadas em torno desta que é uma luta de mais de uma década da população do Extremo Oeste. Precisamos respeitar o protagonismo de tantas entidades e movimentos que lutaram pela UFFS e, principalmente, manter a mobilização em torno do projeto”, Defendeu Baldissera.

A reportagem do Jornal Gazeta Catarinense, ainda conversou com o Presidente da Ameosc, prefeito Sérgio Luís Theisen, que afirmou não ter sido informado sobre o documento apontado pela secretária de Educação. Segundo ele, a informação foi recebida via rádio e não chegou a ser repassada para os prefeitos para uma análise mais complexa do assunto.

Movimento critica ação de secretária

Em resposta a afirmação feita pela secretária de Educação de São Miguel do Oeste, Sílvia Khun, o Movimento Pró-Universidade disse, que avalia a atitude da secretária como incoerente e irresponsável. De acordo com uma das integrantes do movimento e representante da Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) e Pastoral da Juventude Rural (PJR), Jociani Pinheiro Hammes, o movimento deve se reunir ainda nesta semana para analisar as ações que devem ser feitas nos próximos dias.

Jociani critica e diz que a secretária falou em seu próprio nome e pela Administração municipal apenas. “Ela não falou em nome de um coletivo que vem fazendo luta desde 2005. Não chamaram nem a Ameosc, deixaram de fora o movimento e as entidades que estão envolvidas no processo de luta”, argumenta.

Sobre o documento divulgado por Silvia na manhã de ontem, Jociani acrescenta que as informações não são verdadeiras. Segundo ela, quem deveria analisar e falar sobre este documento é a comissão que já foi criada para atuar nisso. “Estamos em pleno processo de estudo com a criação da comissão de professores, que foi formada para elaborar os documentos necessários para a instalação da UFFS. Então, a secretária deveria ter nos chamado, mostrado o documento e daí quem sabe, ter divulgado na imprensa”, criticou.

A representante do movimento ainda diz que a colocação de Silvia apenas reafirmou a luta pela Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS). “A PJR e PJMP bem como as pastorais sociais, reafirmaram sua unidade, colocamo-nos no compromisso de estar nas ruas. Já recebemos um “sim” do reitor de Chapecó e do MEC, e com base nisso, continuamos comemorando. Nunca saímos da rua, e se precisar, vamos voltar para Brasília, porque esse campus é nosso, a UFFS é conquista das pastorais e movimentos sociais”, finaliza.


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