Home Moisés nega participação na compra da Veigamed e fala em 'ilações irrelevantes'

Moisés nega participação na compra da Veigamed e fala em 'ilações irrelevantes'

Última atualização 23 de junho de 2020 - 11:06:45

Foto: Murici Balbinot

O governador Carlos Moisés da Silva negou nesta segunda-feira (22) que soubesse ou tivesse participação na compra dos 200 respiradores da Veigamed. O chefe do Executivo disse que são “irrelevantes” conversas encontradas em celulares “de terceiros” e que “nem citam o nome do governador”.

Moisés disse ainda que não conhece nenhum dos investigados, não falou com nenhum deles, e que não é o governador quem determina compras. Além disso, afirmou que é “uma conversa muito criativa” a que diz que o governador liberou a compra. Para ele, as conversas têm fragilidade como prova contra ele.

“Não conheço essas pessoas, não conhecia também as empresas citadas, para mim eram desconhecidas. E, de fato, acho muito estranho alguém considerar uma mensagem encaminhada por alguém dizendo como se fosse um fato relevante, dizendo que já falou com o governador e não diz nem sequer quem é esse governador”, acrescentou. 

As declarações foram dadas após o Tribunal de Justiça de Santa Catarina remeter o caso ao Superior Tribunal de Justiça (STF) por ter indícios de ciência e participação de Moisés. 

“São ilações. Não há nenhum fato concreto. As mensagens dizendo que falei são situações absolutamente irrelevantes na minha avaliação”, disse. “Estou muito confortável […] São conversas de pessoas que têm condutas suspeitas. A gente não sabe quem são essas pessoas. Mas Carlos Moisés da Silva o catarinense conhece. O Ministério Público conhece, o Tribunal de Justiça conhece”, afirmou.

O governador disse ainda que sabe que a questão será utilizada como fato político para prejudicar o governo. Moisés afirmou que o governo dará a resposta com “resultados positivos” da “melhor gestão contra a Covid do Brasil”.

O caso

Nesta segunda, o juiz Elleston Lissandro Canali, da Vara Criminal da Grande Florianópolis, decidiu que o caso é de competência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) por citar Moisés, que tem foro privilegiado. Assim, os autos, documentos, arquivos, e materiais que forem apreendidos serão encaminhados à instância superior.

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