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Metade dos prefeitos de Santa Catarina vai tentar a reeleição

Última atualização 17 de julho de 2012 - 14:16:22

Quase metade dos prefeitos catarinenses vai buscar mais um mandato de quatro anos nas eleições de outubro. Dos candidatos que tiveram os pedidos de registro divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, pelo menos 145 são prefeitos que decidiram concorrer a um segundo mandato consecutivo. O levantamento é do DC.

O número é inferior aos 160 da eleição passada – quando 90 foram reeleitos. As informações não levam em conta vices que assumiram definitivamente por afastamento do titular eleito. É o caso, por exemplo, de José Cláudio Caramori (PSD), que assumiu a prefeitura de Chapecó com a renúncia de João Rodrigues (PSD) para concorrer a deputado federal em 2010. Também é a situação de Felippe Collaço (PSD), que assumiu em Tubarão no final de junho, com a morte de Manoel Bertoncini (PSDB).

O quadro pode mudar um pouco em caso de desistências ou impugnação de candidaturas pela Justiça Eleitoral. O grande percentual de candidaturas à reeleição é uma tendência verificada desde que a legislação permitiu a busca pelo segundo mandato (ver quadro). Desde então, apenas em 2004 os prefeitos na disputa ficou abaixo dos 50%. Naquele ano, foram 127 candidaturas, 80 delas bem-sucedidas.

Na eleição passada, aconteceu o recorde de lançamento de prefeitos/candidatos: 160, com 70 eleitos – 43,7% de sucesso. Os resultados foram melhores para os prefeitos nos cargos em 2000 e 2004, quando ultrapassaram os 60% de vitórias. A queda em 2008 não assustou os donos dos cargos, até porque nas 20 maiores cidades quem estava com a caneta venceu em 10 disputas (incluindo a capital) e perdeu só em três.

Este ano, são nove os prefeitos candidatos nos maiores colégios eleitorais – incluindo o maior, Joinville. Momento do Brasil ajuda, mas sobrecarga atrapalha A explicação para o sucesso da reeleição é múltipla. Além da vantagem de ter realizações para mostrar, os prefeitos têm um outro ponto valioso a seu favor: o bom momento vivido pelo Brasil, apesar da crise externa.

Ao mesmo tempo, enfrentam o desgaste provocado por problemas crÔnicos das cidades e de difícil solução. O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, projeta uma campanha complicada para os atuais administradores neste pleito. Ziukolski acredita que eles terão mais dificuldades para obter mais um mandato porque as prefeituras estão sobrecarregadas e não dão conta do recado.

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