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Maioria dos pilotos com depressão esconde doença das empresas

Última atualização 6 de abril de 2015 - 17:25:15
A maioria dos pilotos que sofrem de depressÃo oculta a doença das companhias e das autoridades aéreas, segundo um estudo divulgado hoje (5) pelo jornal alemÃo Bild. O problema veio à tona após a queda do aviÃo da Germanwings, com 150 pessoas a bordo, no último dia 24, na regiÃo dos Alpes franceses.

O copiloto da companhia, Andreas Lubitz, que teria deliberadamente derrubado aviÃo, que fazia a ligaçÃo entre Barcelona (Espanha) e Dusseldorf (Alemanha), sofria de depressÃo e, segundo a investigaçÃo em curso, fez buscas na internet sobre métodos de suicídio na véspera da viagem.

Segundo o estudo divulgado pelo Bild, o caso de Andreas Lubitz nÃo é único entre os pilotos, que procuram esconder os problemas de saúde dos seus superiores. A análise, do diretor do Departamento de Medicina da OrganizaçÃo Civil Internacional da AviaçÃo, Anthony Evans, datada de novembro de 2013, revela a existência de déficits graves no acompanhamento dos pilotos em matéria de saúde mental.

De acordo com o estudo, cerca de 60% dos pilotos que sofrem algum tipo de depressÃo decidem continuar a voar sem comunicar aos empregadores. Com base na análise de 1.200 casos de pilotos com depressÃo, o trabalho de Evans revela que cerca de 15% dos profissionais optam por tratar-se em segredo com medicamentos que conseguem por seus próprios meios, e apenas 25% declaram ao empregador que está fazendo tratamento.

O estudo resulta da observaçÃo de casos entre 1997 e 2001, informa o Bild, que destaca ainda a enorme pressÃo a que sÃo submetidos os pilotos e o fato de um diagnóstico de depressÃo implicar seu afastamento do serviço.

A investigaçÃo alemà sobre queda do aviÃo da Germanwings revelou que Lubitz fez, há alguns anos, antes de receber a licença de piloto, tratamento psicoterapêutico por ter tendências suicidas.

Nas buscas à casa do copiloto e dos pais foi descoberto que Andreas Lubitz estava em tratamento e que tinha um atestado médico para o dia da catástrofe, que nÃo tinha comunicado à companhia.

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