Madeireiros atacaram a tiros neste domingo (2) fiscais ambientais, policiais militares e índios em uma terra indígena em Nova Esperança do Piriá (264 km de Belém), segundo o Ministério Público Federal.
De acordo com a Procuradoria, os madeireiros tentavam evitar a retirada de uma carga de madeira extraída ilegalmente da Terra Indígena Alto Rio Guamá, e que estava apreendida desde o ano passado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
A Procuradoria informou ter pedido apoio urgente à Polícia Federal e à Polícia Militar do Pará, porque havia relato sobre dois PMs e um índio que estariam desaparecidos. Também suspeita-se que os agressores tenham ficado com as armas dos fiscais e dos policiais. Não havia informações sobre possíveis feridos.
“Há relatos de que os agentes foram rendidos e se encontram perdidos no local. A Funai [Fundação Nacional do Índio] informou, ao telefone, que os madeireiros retiveram as armas dos agentes. Um indígena está perdido. Solicito, com urgência, o apoio desse batalhão, para conter os conflitos, resguardar a integridade das pessoas envolvidas e assegurar a madeira derrubada”, diz o ofício enviado pelo procurador da República Gustavo Oliveira, de Paragominas (PA), à Polícia Militar do Pará.
A Terra Indígena Alto Rio Guamá, território dos índios tembé, abrange áreas de três municípios (Santa Luzia do Pará, Nova Esperança do Piriá e Paragominas), na região da divisa com o Maranhão.
Conflitos que opõem os índios a madeireiros e posseiros da região são registrados desde a demarcação da área, em 1945.
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