Luciane cobra por ações mais integradas entre as polícias no Oeste de SC
Última atualização 27 de maio de 2016 - 14:42:08
ESTADO -A deputada Estadual Luciane Carminatti (PT) cobrou do secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, César Grubba, um levantamento detalhado dos dados sobre a violência no Oeste Catarinense. Ela também solicitou mais atençÃo à regiÃo e um trabalho coordenado entre as forças de segurança.
O secretário foi convocado para falar com os parlamentares e responder questionamentos no plenário da Assembleia Legislativa (Alesc).Segundo dados da Polícia Militar, o primeiro trimestre de 2016 registrou aumento de 23% no número de homicídios e 24% no de roubos se comparado ao mesmo período do ano passado.
A deputada ressaltou o fato de o bairro mais populoso de Chapecó – a Efapi –, por exemplo, ter registrado um aumento de 50% no número de ocorrências gerais em comparaçÃo com o último ano. “Em alguns municípios, como os do ABC Paulista, foi possível reduzir drasticamente a criminalidade com ações integradas e um detalhamento mais elaborado da violência. Meu principal questionamento é esse: como é possível fazer o mesmo por Chapecó e regiÃo, do ponto de vista da coordenaçÃo entre as diferentes polícias?”, interrogou.
O secretário Grubba concordou com a efetividade da integraçÃo entre as polícias militar e civil, e afirmou ser necessário convocar mais pessoal, mas nÃo detalhou como isso será possível: “Estamos fazendo um trabalho forte de integraçÃo a partir das chefias, da ramificaçÃo dos comandos centrais e do alinhamento entre os serviços de inteligência do Estado. Mas nÃo temos de onde tirar mais delegados, por exemplo, pois é necessário todo um processo que envolve convocaçÃo, treinamento e capacitaçÃo”, ressalta.
CONCURSO PÚBLICO, CÂMERAS E DELEGACIA DA MULHER
Após questionar Grubba sobre as ações voltadas para o Oeste, Luciane também solicitou mais informações sobre outras questões ligadas à segurança em Chapecó – em especial a Delegacia da Mulher do município, que funciona apenas entre 12h e 19h, de segunda à sexta; e o funcionamento das câmeras de segurança, que nÃo puderam fornecer imagens de um dos crimes mais violentos do ano (um tiroteio que deixou dois mortos em frente a uma casa noturna, em abril). “NÃo há como dizer para as mulheres que sofrem violência doméstica que elas precisam se adaptar ao horário do Estado”, critica.
A deputada ainda pediu urgência no edital de convocaçÃo dos policiais militares e civis aprovados em concurso. Só de PMs sÃo 658 que seriam chamados em março de 2015 – o que ainda nÃo ocorreu. Somando os excedentes (aptos e aprovados no concurso, mas nÃo convocados), sÃo pelo menos 1,1 mil policiais militares. A previsÃo atual é que os aprovados sejam convocados em junho.
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