Luciane Carminatti apoia a campanha ‘De mãos dadas pela vida’
Última atualização 27 de outubro de 2017 - 14:40:02
De mÃos dadas pela vida. Essa é a campanha que a AssociaçÃo Brasileira de Portadores de Câncer em Santa Catarina (AMUCC) apresentou aos deputados estaduais na sessÃo desta quarta-feira, dia 25, por proposiçÃo da coordenadora da Bancada Feminina, deputada Luciane Carminatti. A entidade expôs as estatísticas da doença, apresentou ações e solicitou ajuda dos parlamentares para ampliar os investimentos na rede pública de Santa Catarina e melhorar o atendimento, especialmente no cuidado à saúde das mulheres – público principal das ações do Outubro Rosa.
De acordo com a entidade, se diagnosticado precocemente, o câncer de mama apresenta um índice de cura de até 95%. No entanto, em SC o principal gargalo é a demora do diagnóstico completo pós-mamografia. Ou seja, depois de detectadas anormalidades, as mulheres esperam muito tempo até a realizaçÃo de exames para detectar o tipo de lesÃo cancerosa. “Com a demora, mais de 46% dos casos chegam ao tratamento em estágio avançado”, pontuou Leoni Margarida Simm, presidente da AMUCC.
REIVINDICAÇÕES
Entre as principais reivindicações da AssociaçÃo está a urgência na conclusÃo das obras do centro cirúrgico de grande porte do Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), o que impacta no atendimento a toda populaçÃo. “O câncer é uma doença que precisa de uma atençÃo especial e, infelizmente, nÃo temos um hospital do câncer com a infraestrutura completa em Santa Catarina”, enfatiza Leoni.
A entidade aponta ainda a necessidade de se criar condições para que cada paciente tenha seu diagnóstico em até 30 dias, a partir da 1ª consulta. Uma das estratégias do Instituto Nacional de Câncer (INCA) é a existência de clínicas para confirmaçÃo diagnóstica em uma única etapa (one-stop clinics). “Esta proposta permite que os casos suspeitos tenham toda a investigaçÃo diagnóstica em um único centro de referência e em apenas um dia, incluindo exames de imagem, citologia e biópsia”, explicou Leoni.
Outra questÃo levantada é o tempo de espera para a reconstruçÃo da mama -cuja demora já chegou a durar 12 anos em alguns casos. “O que causa profundo sofrimento moral, reduzindo autoestima e até mesmo o exercício da sexualidade, afetando o sistema imunitário, que é um ambiente propício a recidivas do câncer nas mulheres”, ponderou.
MOÇÃO APROVADA
A coordenadora da Bancada Feminina da Alesc é autora de MoçÃo aprovada em plenário para ser enviada ao governo do Estado e ao secretário de saúde, manifestando preocupaçÃo e contrariedade com o “descaso dos responsáveis pela saúde pública, no estado de Santa Catarina, com a saúde das mulheres, em especial daquelas que têm câncer de mama, doença cujo diagnóstico precoce poderia salvar muitas vidas”.
Segundo Luciane, deixar as mulheres numa espera de tempo tÃo grande é uma violência brutal. “Quando discutimos violência contra a mulher sempre devemos incluir também as violências institucionais, quando o Estado deixa de cumprir o seu papel e nÃo oferece, em tempo hábil, o tratamento devido e muito menos a oportunidade de diagnosticar cedo a doença, com maior chance de cura”, apontou a deputada Luciane.
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