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A redução média das vendas do comércio de Santa Catarina desde o isolamento social é de 40%, segundo pesquisa divulgada na quinta-feira dia 23, pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de SC (FCDL/SC). Apesar dos números negativos, o setor está animado com o retorno das atividades, principalmente por atenuar os prejuízos da crise.
O estudo mostra que, dos entrevistados, 40,2% tiveram perdas financeiras acima de 50%, enquanto 31,5% deles registraram recuo entre 21% e 50%. Além disso, 23,9% dos empresários afirmou já ter realizado alguma demissão. Do total, 37,7% têm a previsão de reduzir o número de empregados nos próximos 90 dias.
“Embora distante do melhor cenário, o reencontro com os clientes já se mostra essencial para a nossa recuperação. A reaproximação com o consumidor garante às lojas melhor faturamento, em especial àquelas que recebem os pagamentos das prestações em carnês”, explica Ivan Tauffer, presidente da entidade.
Na atual condição restritiva, 35,7% das empresas garantem manter-se por mais três meses, enquanto 26,8% por apenas um mês. Do total de consultados, 81,6% acreditam que a economia voltará a crescer após o período de um ano e 59,7% indicaram que precisarão recorrer a empréstimos bancários para equilibrar suas contas.
A reabertura vem garantindo ao comércio lojista uma recuperação razoável em relação ao faturamento. Além da movimentação dos consumidores na loja física, um dos fatores que contribui é a possibilidade do pagamento presencial do carnê, opção de preferência de boa parte dos catarinenses.
“Embora ainda distante, já conseguimos visualizar um horizonte mais promissor. Em maio, o Dias das Mães, uma das datas mais importantes do varejo no ano, trará resultados mais animadores nas vendas”, disse Tauffer.
Segundo a FCDL/SC, nos dias de aplicação das medidas de confinamento social, o varejo catarinense registrou queda de 53,5% nas vendas a crédito no comparativo ao mesmo período do ano anterior. No entanto, na primeira semana de reabertura do comércio a retração foi menor, 9,4% – em relação à mesma época em 2019.
O levantamento foi realizado entre 14 e 17 de abril, com 2.179 lojistas associados às CDLs, de diversos setores, como confecções, calçados, materiais de construção, serviços e indústria.
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