Dois meses depois de ter sido presa, a professora Hellen de Souza Cunha – acusada de agredir crianças em uma creche municipal de Tubarão, no sul do Estado – deixou o Presídio Feminino. A liberação foi autorizada pelo juiz da 1ª vara criminal, Elleston Canali, que concedeu habeas corpus em favor da educadora no final da tarde de terça-feira. Ela estava presa em regime preventivo e, a partir de agora, aguardará a sentença em liberdade.
Conforme a decisão da Justiça, a prisão da professora foi substituída por uma medida cautelar, que a proíbe de atuar em práticas relacionadas ao cuidado de crianças, tanto no serviço público como particular. Hellen deixou o presídio por volta das 19h, acompanhada de seu advogado e não quis falar com a imprensa. Ela disse que só irá se manifestar depois do julgamento, ainda sem data marcada.
—Ela não foi condenada por nada ainda. Estamos trabalhando em sua defesa e o melhor é que não se pronuncie nem sobre o endereço onde vai ficar hospedada durante esse período de espera— declarou o advogado da professora, Eliezer Brígido.
Hellen tem 29 anos e trabalhava como professora no Centro Educacional Infantil Recife, em Tubarão. Ela era responsável por cuidar de 11 crianças com idade entre um e cinco anos. Em um vídeo de quase dois minutos, a educadora aparece agredindo um menino de um ano e meio. Ela grita e o coloca de forma violenta sobre uma mesa, depois em uma cadeirinha. Assustada, a criança chora. A agressão aconteceu dentro da creche e na frente de outras crianças.
A professora atuava na profissão há 11 anos. A Polícia Civil de Tubarão deu início à investigação depois que um grupo de pais registrou queixa contra Hellen. Segundo eles, a professora aplicava castigos e era violenta com as crianças. Com uma cãmera escondida, a Polícia Civil gravou as imagens da agressão.
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