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SÃO MIGUEL DO OESTE
A reportagem do Gazeta Catarinense recebeu denúncia de alguns moradores do bairro São Jorge que reclamam do forte odor ocasionado pela instalação de uma empresa que fabrica tripas e alimentos acondicionados no bairro. Conforme os moradores, há mais de dois meses o forte odor perturba os que residem nos arredores e prejudica comerciantes que têm seus estabelecimentos próximos.
De acordo com a moradora leonita Leuze, o cheiro que vem de dentro do local onde a empresa trabalha de portas fechadas tem se tornado mais intenso nos últimos dias. “No horário do almoço sofremos bastante, pois a casa enche de moscas e o ambiente fica insuportável. Gostaríamos que esse problema fosse resolvido. Não queremos prejudicar ninguém, mas essa situação envolve a nossa saúde”, explica.
O marido de Leonita, Eurico Evaldo Leuze, acrescenta ainda que o comércio do bairro também está sendo prejudicado. Segundo ele, alguns mercados não conseguem mais acondicionar a carne para vender em razão das moscas que acabam invadindo o ambiente. “Alguns comerciantes já disseram que vão fechar o estabelecimento caso a situação não se resolva. Nós tememos por isso. Queremos nosso bairro em boas condições e o fato realmente tem nos prejudicado. As pessoas que vêm de outras partes da cidade e até comentam sobre a situação”, enfatiza.
Em conversa com o diretor de fiscalização da prefeitura, Zulmir Pelegrini, ele afirmou que a empresa está legalizada e que o alvará de funcionamento foi liberado pela prefeitura no dia 20 de novembro do ano passado. “Aqui na prefeitura não há problemas com relação à empresa”, destaca Pelegrini.
A fiscal sanitarista Nádia Maldaner também defende que a princípio não há nada que possa impedir o funcionamento da empresa, porém, ela salienta que no dia 31 de março o alvará sanitário vai vencer e a vigilãncia deverá fazer uma visita na local para verificar as condições sanitárias. “Se tiver algum problema, será constatado em breve”, argumenta.
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