Idoso suspeito de abusar da própria filha por 20 anos é preso em SC
Última atualização 27 de agosto de 2015 - 09:52:02
A polícia prendeu no Oeste catarinense um idoso de 74 anos suspeito de abusar sexualmente da própria filha, de 51 anos, por cerca de 20 anos. A vítima apresenta deficiência mental moderada. A prisÃo foi na terça-feira (25) e divulgada nesta quarta (26).
Há duas semanas, profissionais que cuidam da vítima fizeram a denúncia à polícia. A filha mora com o pai e a companheira dele em SÃo Miguel do Oeste. O idoso é viúvo. A mÃe da vítima morreu há aproximadamente 15 anos. Ele tem outros dois filhos, homens, que sÃo casados e nÃo moram com o pai.
Segundo depoimento da filha, os abusos começaram enquanto a mÃe ainda era viva. O delegado responsável pelo caso, José Airton Stang, contou que será difícil descobrir se a mÃe sabia do crime.
Indícios apontam, porém, que há a possibilidade de a atual companheira do suspeito ter conhecimento dos abusos. Ela tem 78 anos, apresenta quadro de depressÃo e obesidade mórbida e há alguns anos vive deitada em uma cama. A polícia, inclusive, acredita que a depressÃo dela possa estar relacionada ao crime praticado dentro de sua casa.
Como a companheira do suspeito vive em uma cama, nÃo vê o que ocorre no restante da casa, segundo a polícia. Os abusos aconteceriam à noite, no quarto da vítima. Foi feito exame no corpo da vítima, uma das provas importantes no inquérito.
Medida protetiva e prisÃo
No começo da investigaçÃo, a Justiça concedeu uma medida protetiva de urgência para vítima. Com isso, ela foi levada para a casa de um dos irmÃos e o pai nÃo pode se aproximar dela desde o dia 12 de agosto.
O idoso foi detido em casa e manteve-se em silêncio durante o depoimento, informou o delegado. Ele foi encaminhado à Unidade Prisional Avançada (UPA) de SÃo Miguel do Oeste.
Inquérito
A polícia tem 10 dias, a partir de terça, quando o suspeito foi preso, para terminar o inquérito. O delegado pretende colher mais depoimentos de profissionais que cuidam da vítima. Neste ano, a filha passou a frequentar instituições que oferecem um atendimento melhor, o que resultou na denúncia.
O delegado explicou que, legalmente, familiares próximos nÃo têm obrigaçÃo de falar a verdade, portanto o depoimento dos irmÃos seria de pouco valor. Além disso, eles devem tentar proteger o pai. A polícia focará mais nos cuidadores da vítima a partir de agora.
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