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Ibama deve multar por rompimento de barragens em até R$ 100 milhões

Última atualização 12 de novembro de 2015 - 11:23:45
O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) informou nesta quarta-feira que vai multar a empresa Samarco pelo desastre ambiental com o rompimento de barragens em Mariana. A presidente do órgÃo, Marilene Ramos, afirmou que a empresa deve ser multada tanto por danos que causarÃo perdas à biodiversidade quanto pela contaminaçÃo dos rios. As penalidades máximas chegam a R$ 50 milhões por infraçÃo. Pelo menos seis pessoas morreram durante a passagem do paredÃo de água.

Dirigentes do Ibama e da Agência Nacional das Águas (ANA) estiveram na regiÃo e tiveram reuniões tanto com dirigentes da Samarco – e de suas proprietárias, Vale e BHP Billinton – como com o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT). “Como toda aquela área continua descoberta, uma poeira fina continua chegando aos rios e deixando um nível de turbidez muito alta”, disse Marilene. “É diferente do que aconteceu, por exemplo, quando houve o rompimento daquela barragem em Cataguazes (também em Minas, em 2003), em que veio determinado volume de lama, a captaçÃo foi interrompida e, depois, a água que veio levou o material embora.”

Os sedimentos depositados nos rios aumentam a turbidez da água, o que a mantém imprópria para o consumo humano. Marilene relatou que ainda nÃo há um prazo para que a contaminaçÃo seja interrompida e a captaçÃo de água possa voltar. “Estamos discutindo as soluções para isso.”

Em outra linha de açÃo, as agências do governo devem “iniciar uma campanha de investigaçÃo da qualidade da água e dos sedimentos para ter a certeza de que o material de fato é inerte e nÃo oferece nenhum risco para o consumo humano”.

Na vistoria, o Ibama detectou dois problemas imediatos no meio ambiente da regiÃo. “SÃo duas grandes questões: alteraçÃo ambiental com perda da biodiversidade, o que é caracterizado por aquela grande carga de lama nos rios, matando tudo o que existe de vida e com perda da mata ciliar, e o outro é o lançamento dessa grande carga de sedimentos, tornando a água imprópria. Como atingiu um rio federal, entendemos que cabe ao Ibama aplicar essa penalidade”, continuou Marilene.

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