REGIÃO
Os alimentos vão escassear ou encarecer, advertiu o presidente da Coopercentral Aurora Alimentos, Mário Lanznaster, ao fazer um balanço dos efeitos da greve dos caminhoneiros no Oeste de Santa Catarina, que paralisou três unidades industriais, ontem, quinta-feira, e ameaça levar ao fechamento mais sete unidades hoje. Os prejuízos passam de R$ 8 milhões ao dia. Bloqueios erguidos pelo movimento dos caminhoneiros impede o fornecimento de rações nas propriedades rurais, criando uma situação dramática no campo.
Por essa razão, estão paralisadas a unidade industrial de suínos de São Miguel do Oeste e a unidade industrial de aves de Maravilha. Da mesma forma, parou a unidade industrial de rações de Cunha Porã. No total, em razão dessa situação, foram temporariamente dispensados até agora mais de 2.500 trabalhadores.De acordo com a direção da Aurora, estão ameaçadas de parar nas próximas 24 horas as unidades de Pinhalzinho Chapecó, Xaxim, Guatambu e Quilombo.
A grave dos caminhoneiros, que deve perdurar até amanhã, quinta-feira, é nacional. No trevo de São Miguel do Oeste, os caminhões são impedidos de passar e obrigados a permanecerem estacionados. Carros de passeio e Ônibus estão seguindo normalmente. A paralisação começou às 6 horas da manhã de segunda-feira e termina às 6 horas de amanhã.
REIVINDICAÇÕES
Entre as propostas do Movimento União Brasil Caminhoneiro estão subsídio ao preço do óleo diesel e isenção do pagamento de pedágio pela categoria em todas rodovias do País, para baratear preços dos alimentos e produtos. Eles pedem a criação de uma Secretaria do Transporte Rodoviário de Cargas, vinculada diretamente à Presidência da República, nos mesmos moldes das atuais Secretarias dos Trabalhadores e das Micro e Pequenas Empresas.
Um dos responsáveis pelo Sindicato dos Caminhoneiros, Décio Frandoloso, destaca que mais caminhoneiros estão juntando-se ao movimento de paralisação. Segundo ele, os caminhoneiros querem chamar a atenção do governo federal para que medidas que beneficiem a classe sejam tomadas. Conforme Frandoloso, a intenção não é prejudicar o comércio e indústria da região, mas reivindicar os direitos dos caminhoneiros. “Precisamos chamar atenção para que esta situação seja resolvida. Temos vários pontos em nossa pauta e queremos ser ouvidos”, destaca.
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