Home Grêmio não consegue se impor, perde para o Caracas e se complica no Grupo 8

Grêmio não consegue se impor, perde para o Caracas e se complica no Grupo 8

Última atualização 12 de março de 2013 - 23:37:57

Com um segundo tempo irreconhecível, repleto de erros de passes e fartura de espaços no meio-campo para o Caracas jogar, o Grêmio dificultou a sua vida no Grupo 8 da Libertadores. Perdeu por 2 a 1, de virada, na Venezuela. Agora, o jogo contra o Fluminense, na Arena, dia 10 de abril, se transformou em decisão. E das mais tensas e dramáticas, já que o Fluminense segue líder.

O curioso é que Grêmio deixou de encaminhar o primeiro lugar no grupo do jeito que imaginava conquistá-lo. Com o gramado esburacado do Estádio da Universidad Central de Venezuela (UCV), a idéia era fazer gols apostando em rebotes e chutes de fora da área. Pois o Grêmio é que levou gol assim, perdendo uma partida na qual poderia ter vencido antes do intervalo.

O Caracas mudou em relação ao 4 a 1 da Arena. Trocou um lateral direito defensivo, Quijada, por um ofensivo, Da Silva. Abriu mão do volante Jesús Mesa em nome do atacante Farías. Naturalmente ameaçou mais, empurrado pela escalação e a necessidade. Era vida ou morte para os lanternas do Grupo 8.

Logo no primeiro minuto, um susto. Balão para a área, a zaga rebate com defeito e o pernalta habilidoso Peña pega o rebote. Dida se estica e faz boa defesa no seu canto esquerdo. Pressão, caldeirão, fumaceira? Nada disso, ao menos por enquanto.

O Grêmio foi se adonando da partida com serenidade, ora trocando passes, ora buscando o lançamento em profundidade para Barcos e Vargas, quando o gramado esburacado impedia algo melhor.

O argentino, novamente recuando e achando espaço atrás do volantes, comandava o Grêmio. Ele poderia ter aberto o placar já aos 7 minutos, ao girar sobre o zagueiro. Em seguida, aos 16, o gol. André Santos cruza com precisão milimétrica para Elano (que levou o terceiro cartão amarelo e não enfrenta o Fluminense) concluir de cabeça: 1 a 0.

Parecia que o Grêmio ia matar o jogo, mas faltou o instinto de liquidar o adversário. O Caracas só conseguia algo quando Otero tentava entrar o drible. Ou quando Da Silva avançava às costas de André Santos.

Então, a chance para o azar, quando nem a torcida vermelha acreditava mais, quieta que estava no estádio. Aos 47, no último lance do primeiro tempo, Peña repete o primeiro, a 1 minuto: chute rasteiro, desta vez no canto direito de Dida. Indefensável: 1 a 1.

O segundo tempo do Grêmio é para esquecer. Desatenção, erros de passes a valer e marcação frouxa. O Caracas agradeceu o presente e foi para cima. O segundo gol, a 21, parecia futsal: bola de pé em pé até Cure cruzar rasteiro da esquerda e achar Farías dentro da pequena área.

Luxemburgo operou mudanças radicais. Tirou Fernando e colocou Weliton, armando o time em jum 4-3-3. Elano, cansado e deixando o volante Guerra livre, deu lugar a Marco AntÔnio. Por fim, um Vargas apagado (errou um passe que deixaria Barcos na cara do gol) saiu de cena em nome de Willian José. O Grêmio foi à frente, mas sem muita organização. O Grêmio se complicou.

Libertadores— Grupo 8 — 12/3/2013

CARACAS: 2
Baroja; Carabalí, Peraza, Sánchez, Amaral; Jiménez (Quijada, 19'/2ºT), Guerra, Otero e Peña (Vivas, 40'/2ºT); Farías e Cure (Febles, 34'/2ºT)
Técnico:Ceferino Bencomo

GRÊMIO: 1
Dida; Pará, Werley, Cris e André Santos; Fernando (Welliton, 27'/2ºT), Souza, Zé Roberto e Elano (Marco Antonio, 29'/2ºT); Vargas (Willian José, 32'/2ºT) e Barcos
Técnico:Vanderlei Luxemburgo

Gols:Elano, aos 17 minutos do primeiro tempo (G); Peña, aos 47 do primeiro tempo; Farías, aos 21 do segundo tempo (C)

Arbitragem:Óscar Maldonado, auxiliado por Efrain Castro e Arol Valda (trio boliviano)

Cartões amarelos:Peña, Guerra, Amaral (C); Vargas, Elano, Werley (G)

Local:Estádio Olímpico da Universidad Central da Venezuela (UCV), em Caracas, Venezuela.

Próximo jogo— Gauchão
Sábado, 16/3/2013, 18h30min
Grêmio x Lajeadense

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