O governo do Estado aposta numa gratificação por produtividade para acabar com a greve dos servidores da Saúde, que completaránesta segunda-feira55 dias, em Santa Catarina. Haverá uma terceira reunião às 14h desta segunda-feira com representantes do sindicato no Ministério do Trabalho.
No final de semana, mais uma cena que representa a situação crítica na área da saúde na Grande Florianópolis foi registrada: o fechamento por algumas horas de um local de atendimento.
Desta vez, a falta de profissionais atingiu a maternidade que funciona no Hospital Regional de São José, na Grande Florianópolis. O atendimento teve de ser transferido para a maternidade Carmela Dutra, na Capital, entre o sábado e domingo.
Um funcionário da direção disse por telefone que houve falta de médico, mas não em razão da greve, e sim por causa de aposentadorias e um acidente envolvendo um servidor. A direção afirmou que a situação voltaria ao normal ainda na noite deste domingo.
Nas negociações entre governo e o SindSaúde, são poucos os sinais concretos de acordo. O governo oferece um prêmio por produtividade quadrimestral que seria pago no quinto mês. Seria por meio de verbas próprias da saúde, em gestão das horas de sobreaviso e hora plantão, medida que estaria sendo aplicada em outros estados.
Essa proposta foi dada ainda na sexta-feira ao SindSaúde. mas cujos valores serão aprofundados e revelados hoje aos sindicalistas.
O responsável pela Coordenação Executiva de Negociação e Relações do Estado de Santa Catarina (Coner), Décio Vargas, voltou a afirmar que nesse momento não há nenhuma possibilidade de conceder outro tipo de reajuste aos servidores.
-A nossa expectativa de fim da greve já vem há muito mais tempo. Estamos com esforço máximo- comentou Décio.
Por resultados de reuniões realizadas no fim de semana, em Lages e Joinville, o SindSaúde conclui que dificilmente a proposta será aceita pelos servidores.
Edileuza Garcia Fortuna, secretária do SindSaúde, afirmou que a suposta premiação não contempla o que a categoria reivindica porque dependeria de economia na Saúde, o que considera difícil de acontecer na prática.
-Se não houver algo novo, de concreto, a greve vai continuar- declarou Edileuza.
A semana também deverá ter novas manifestações. Uma delas está prevista para a tarde de amanhã, na Assembleia Legislativa.
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