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Governo e Chape pedem respostas à Colômbia sobre investigações de acidente

Última atualização 14 de junho de 2017 - 10:08:13
Quase sete meses se passaram desde o acidente com o aviÃo da LaMia que levava a delegaçÃo da Chapecoense para Medellín e os resultados das investigações ainda nÃo foram divulgados pelo governo colombiano e pela empresa inglesa, British Aerospace, fabricante do modelo utilizado pela LaMia.
Segundo as autoridades do Grupo de Investigación de Accidentes y Incidentes Aéreos da Colômbia, órgÃo ligado a Aerocivil (Agência Nacional de aviaçÃo Colombiana), os laudos estariam prontos ainda no final do mês passado (maio), cerca de seis meses após o acidente.
O embaixador do Brasil na Colômbia, Julio Glinternick Bitelli, comentou que o governo brasileiro está acompanhando de perto o processo de investigaçÃo junto ao governo colombiano e também à empresa British Aerospace.
Bitelli ainda relatou que o Itamaraty já enviou duas notas oficiais solicitando a situaçÃo do inquérito e recebeu, nas duas ocasiões, respostas muito vagas do governo da Colômbia, como que tudo está sendo feito com muito cuidado e que os laudos serÃo entregues em breve. A última comunicaçÃo ocorreu no dia 10 de maio, quando as autoridades enviaram novamente uma nota com as mesmas respostas.
“Nós estamos acompanhando muito de perto tudo o que está acontecendo. É de interesse do país que esse caso seja resolvido o mais rápido possível. Já enviamos duas notas oficiais ao governo e também aos órgÃos competentes e recebemos as mesmas respostas vagas sobre o assunto. Mas nós estamos fazendo o que podemos para que isso seja resolvido e assim que nós obtivermos uma reposta nós enviaremos aos órgÃos competentes no Brasil”, disse Bitelli.
As comunicações sÃo realizadas por meio da chancelaria das duas nações. Segundo o Ministério dos Transportes da Colômbia, todos os ritos estÃo sendo cumpridos e os resultados serÃo entregues em breve. A Chapecoense e familiares das vítimas aguardam o inquérito final para se movimentar juridicamente.

O caso

Dias após a tragédia que vitimou fatalmente 71 pessoas, entre jogadores, convidados, dirigentes e membros da imprensa, as caixas pretas do aviÃo da aeronave, matrícula CP-2933, modelo BAe 146, bifurcado de 1986 a 2002, foram encaminhadas para a empresa fabricante British Aerospace.
A empresa britânica, localizada no condado de Hampshiree com sede estabelecida em Farnborough, havia solicitado previamente um prazo de no mínimo seis meses para a apresentaçÃo das análises das caixas pretas e também de todos os mecanismos da aeronave.
A empresa inglesa respondeu, por meio de e-mails, que as perícias ainda estÃo em andamento e devem ser liberadas o quanto antes, para que concomitantemente às investigações realizadas pelo GRIAA (Grupo de Investigación de Accidentes y Incidentes Aéreos da Colombia), possam ser entregues ao governo Brasileiro.
Segundo o vice-presidente jurídico da Chapecoense, Luiz Antonio Pallaoro, o clube espera que no fim deste mês as investigações possam ser concluídas e entregues, mas sabe que o processo pode demorar mais alguns meses.
“Aguardávamos a finalizaçÃo das investigações ainda no final do mês de maio. Mas segundo as normas do governo colombiano ele tem até um ano para entregar essa investigaçÃo. Estamos aguardando tudo ser feito da forma mais correta e esperamos que neste mês possamos ter novas informações ou a finalizaçÃo das investigações”. Comentou Pallaoro.
A GRIAA (Grupo de Investigación de Accidentes y Incidentes Aéreos da Colombia) respondeu, também através de e-mail, que as investigações estÃo em processo acelerado e que devem terminar em breve. Tudo está sendo monitorado pelo governo colombiano e a pretensÃo dos órgÃos responsáveis é de entregar o quanto antes os laudos sobre o acidente. No entanto os únicos documentos disponíveis sÃo os laudos preliminares.


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