Os estragos causados
pela estiagem nas lavouras de Santa Catarina devem causar redução de 43% na
safra de milho. Para minimizar os impactos da falta de chuvas, porém, os
produtores rurais contam com o apoio do Governo do Estado com linhas de crédito
especiais, entre elas o Reconstrói SC, que oferece condições de pagamento
facilitadas e um desconto de 50% no valor financiado.
Nesta segunda-feira (24),
o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural,
Altair Silva, cumpriu roteiro no Extremo Oeste para apresentar os programas que
estão disponíveis para os agricultores catarinenses.
“O Governo do Estado
está realizando investimentos importantes para aumentar a segurança dos
produtores rurais. Este ano serão mais R$ 150 milhões para apoiar a construção
de sistemas de captação, armazenagem e uso de água nas propriedades rurais, sem
contar a recuperação de fontes e nascentes. Essas reuniões regionais são
fundamentais para que as lideranças conheçam os programas disponíveis e
orientem os agricultores sobre o apoio dado pela Secretaria da Agricultura, em
especial ao crédito emergencial”, ressalta o secretário Altair Silva.
Desde 2021, a
Secretaria de Estado da Agricultura reforçou os programas para aumentar a
disponibilidade de água no meio rural de Santa Catarina. São duas frentes de
atuação: o SC Mais Solo e Água, com crédito para construção de sistemas de
captação e distribuição de água, além da conservação de fontes e nascentes, e a
linha emergencial Reconstrói SC, que pode ser utilizada para recuperação de
sistemas produtivos.
Os produtores rurais
contam com financiamentos de até R$ 10 mil, sem juros e com cinco anos para
pagar. Caso o pagamento seja feito em dia há um desconto de 50% no valor total.
O Reconstrói SC pode ser acessado para realizar a recomposição de pastagens,
aquisição de sementes e alimentação animal – apoiando os produtores de grãos e
leite.
Reunião com lideranças
O secretário da
Agricultura Altair Silva vem percorrendo as regiões Oeste e Extremo Oeste para
apresentar aos prefeitos os programas disponíveis e as linhas de apoio do
Governo do Estado. Nesta segunda-feira (24), os encontros aconteceram em São
Miguel do Oeste e Guarujá do Sul, com a participação de lideranças de
Tunápolis, Santa Helena, Belmonte, Iporã do Oeste, Descanso, Bandeirante, Barra
Bonita, Paraíso, São José do Cedro, Dionísio Cerqueira, Guaraciaba, Palma Sola
e Anchieta.
“A região Extremo Oeste
está bastante preocupada com essa estiagem prolongada. As prefeituras estão
numa verdadeira força-tarefa, garantindo o transporte de água para as
propriedades rurais e o Governo do Estado tem contribuído com equipamentos e
linhas de crédito especiais para atender aos produtores rurais. É um trabalho
de equipe dando todo suporte para que o produtor possa atravessar esse momento
de adversidade”, afirma Altair Silva.
Segundo o prefeito de
São Miguel do Oeste, Wilson Trevisan, o Extremo Oeste já sofre com estiagens
recorrentes há pelo menos três anos e é fundamental a busca de soluções
permanentes que tragam mais segurança para os produtores rurais da região. “Se
não houver investimentos na captação de água, proteção de fontes e no
tratamento de água, nós vamos ter bastante dificuldade em manter o crescimento
que tivemos nos últimos anos. A estiagem merece um olhar bastante crítico nesse
momento para que possamos agir com antecedência, criando infraestrutura para os
momentos de dificuldade”, destaca.
SC Mais Solo e Água
Este será o segundo ano
consecutivo que o Governo destina recursos para o combate à estiagem. Em 2021,
foram R$ 100 milhões em investimentos, que beneficiaram mais de 2,4 mil
agricultores e 100 prefeituras. O Programa SC Mais Solo e Água possui linhas de
apoio especiais com descontos que podem chegar a 75% do valor contratado no
financiamento para construção de sistemas de armazenagem e distribuição de água.
Na linha Água para
Todos, os produtores terão acesso a até R$ 100 mil, sem juros e com cinco anos
de prazo para pagar. Podem ser feitos investimentos em captação, armazenagem,
tratamento e distribuição de água na propriedade rural. Os beneficiários adimplentes
terão uma subvenção de 50% no valor das parcelas, ou seja, o governo do Estado pagará
metade do financiamento.
As famílias em situação
de vulnerabilidade social e de renda terão um apoio ainda maior. O limite será
de R$ 20 mil, sem juros e com cinco anos de prazo, e o bônus chega a 75% em
caso de pagamento das parcelas em dia. Na prática, se o produtor acessar o
valor máximo do financiamento (R$ 20 mil), ele irá pagar apenas R$ 5 mil, sendo
o restante garantido pela Secretaria da Agricultura.
Os produtores rurais
contam com apoio, também, para isolamento e recuperação de mata ciliar,
proteção e recuperação de nascentes, terraceamento e cobertura do solo. Na
linha Cultivando Água e Protegendo o Solo, estão disponíveis financiamentos de
até R$ 30 mil, sem juros e com cinco anos para pagar. Os beneficiários
adimplentes receberão subvenção de 50% no valor das parcelas.
deixe seu comentário