Um projeto para transformar dejeto suíno em energia, iniciado em 2009, terá mais
R$ 11,5 milhões para quase dobrar o número de biodigestores instalados e ampliar a geração de energia formada no esterco.
A primeira etapa do Projeto Alto Uruguai instalou biodigestores em 35 propriedades, que resultam em tratamento de mais de 147 mil litros de dejetos por dia, produção de 90 mil litros de fertilizante por mês e economia na emissão de mais de 1,6 milhão de metros cúbicos de gás metano na atmosfera por ano.
Para a segunda etapa, 55 municípios do Oeste Catarinense e Norte do Rio Grande do Sul devem ser contemplados em até quatro anos.
A comunidade de Santa Fé Baixa, em Itapiranga, recebeu 10 biodigestores da primeira etapa, e o resultado ecológico nas propriedades é visível. Ao mesmo tempo que dá um destino econÔmico aos dejetos, evita que sejam despejados na natureza.
O produtor Vito Sausen, que instalou um biodigestor na propriedade, calcula que economiza R$ 200 por mês somente com o gás que aproveita do biodigestor.
— Antes tinha um cheiro forte em toda a nossa comunidade e agora não tem mais — afirmou Sausen. Ele tem 320 suínos, que produzem 660 litros de dejetos por dia.
Sausen aguarda agora a canalização do gás das 10 propriedades e a construção da central de geração de energia.
Com isso será possível gerar energia suficiente para atender às famílias envolvidas e ainda gerar um excedente, que poderá ser comercializado, criando uma nova fonte de renda para as famílias rurais.
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