O caso é raro, assim como as chances do procedimento cirúrgico ter sucesso completo. A gestação de gêmeas siamesas de Adriana Ribeiro, 31 anos, mobilizou pelo menos20 profissionais do Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo.
As duas meninas, que nasceram unidas pelo abdÔmen e compartilhavam órgãos como intestino e fígado, passaram por cirurgia de separação na última semana e passam bem.
— Elas são umas guerreiras. Agora só estamos esperando que elas se recuperem da cirurgia para irem para casa brincar com as duas irmãs, de nove e dois anos — comenta a mãe.
Adriana descobriu que as filhas eram unidas no quinto mês de gravidez e passou ser acompanhada pelos médicos que cuidariam do nascimento e da cirurgia de separação. Sem muito conhecimento sobre o caso, a mãe teve de recorrer a pesquisas na internet para ficar mais tranquila durante a gravidez. As crianças nasceram no dia 31 de janeiro deste ano e passaram pelo procedimento de separação na última terça-feira.
Segundo o cirurgião Gustavo Pilleggi Castro, algumas estimativas médicas afirmam há um caso de gêmeos unidos a cada 50 mil nascimentos. Cada caso exige uma cirurgia complexa de separação e, segundo o especialista, na maioria das vezes uma das crianças acaba morrendo. A cirurgia das gêmeas durou cerca de oito horas.
— Neste tipo de cirurgia há um risco muito grande de uma criança morrer por hemorragia. Nossa missão era salvar as duas. As meninas estão internadas no hospital e devem ter alta em breve, mas precisam passar por pelo menos outras três cirurgias e ter cuidados especiais durante a recuperação — observa.
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