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Funcionários da Celesc paralisam por aumento no efetivo

Última atualização 7 de março de 2013 - 17:23:46

Parte dos funcionários da Celesc em todo o estado paralisou as atividades por um dia na quarta-feira. Em São Miguel do Oeste também houve paralisação e parte dos funcionários não bateram o cartão e ficaram em frente à unidade. Na pauta de reivindicação está o aumento do quadro de funcionários. De acordo com a diretora do Sindicato dos Eletricitários de Lages, que atende a região Oeste, Iria Spiker, a falta de funcionário que antigamente atingia apenas a parte operacional – os chamados eletricistas –já afeta o quadro administrativo também.

Segundo Iria, muitos funcionários trabalham além do período permitido, não respeitando o prazo adequando de interjornadas, que prevê 11 horas de intervalo. Ela explica que a regional de São Miguel do Oeste atende 34 municípios, sendo que em municípios menores há apenas uma dupla de profissionais. “Além de cumprir as oito horas diárias, precisam atender também o que tiver de emergência depois disso”, exemplifica a sindicalista, lembrando que a sobrecarga dos funcionários acaba gerando a precariedade dos serviços.

Além da falta de efetivo, o movimento reclama ainda do processo de terceirização de alguns serviços, como a questão de corte e religação, que segundo a sindicalista, não passa de um trampolim para a privatização. Ela entende que a privatização não seria a solução para melhorar os atendimentos, pois uma empresa privada visa apenas o lucro. Iria acredita que a solução seria o aumento no número de efetivos da Celesc.

A sindicalista lembra de que houve um concurso em fevereiro, mas que a prova aplicada foi de uma dificuldade absurda, pois apenas 22 candidatos passaram em todo o Estado, sendo que cinco deles reprovaram no teste físico. Segundo ela, mais algumas baixas por outras restrições, como idade e necessidade de CNH classe C, o número de profissionais aptos seria pouco mais de 12, número de vagas necessário apenas para a Regional de São Miguel do Oeste.

Para Iria, o que se percebe é um processo de precarização dos serviços como desculpa para uma consequente privatização. Durante o dia de ontem, quinta-feira, o atendimento voltou ao normal, porém, novas paralisações não estão descartadas.

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