A investigação da Polícia Federal (PF) identificou o desvio de R$ 47,9 milhões em uma suposta fraude na Previdência Social. O valor era obtido com atestados médicos falsos em nove cidades gaúchas e em três municípios catarinenses. Até a manhã desta segunda-feira, foram indiciados um médico, dois advogados e um despachante previdenciário.
Deflagrada em março em parceria entre a PF e a Previdência, aoperação Blindagem 2descobriu que um médico psiquiatra concedia atestados sem nenhum tipo de diagnóstico ou tratamento, bastando apenas o “paciente” pagar pela consulta. Muitos dos clientes sequer iam até o consultório, recebendo os laudos através do correio ou por meio de intermediários.
Foram identificados 945 benefícios passíveis de revisão, distribuídos em 12 gerências executivas do INSS localizadas nos municípios gaúchos de Porto Alegre, Santa Maria, Uruguaiana, Pelotas, Passo Fundo, Novo Hamburgo, Ijuí, Caxias do Sul e Canoas e nas cidades catarinenses de Florianópolis, Criciúma e Chapecó.
Os benefícios ativos devem ser revisados e os segurados, ouvidos pela Polícia Federal. Serão instaurados inquéritos para responsabilizar criminalmente os envolvidos nos casos em que houve indícios de fraude.
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