O portão do Instituto Estadual de Educação (IEE), um dos locais de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Florianópolis, abriu por volta 15h36 para a saída da primeira pessoa da prova, que preferiu não comentar sobre a prova. Logo em seguida, o candidato Ewerton da Silva Ferreira, de 39 anos, disse que a prova “foi a mais difícil da vida”.
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Ferreira explicou que não estudou muito para o Enem, e que a iniciativa para fazer o exame surgiu como uma forma de apoiar a filha Dayla, de 19 anos. Ela pretende fazer um curso na área de humanas ou biológicas.
“As questões para quem está estudando acredito que estão mais fáceis. Eu vim pela minha filha, que está fazendo prova no instituto. Ela tem mais chances que eu”, disse.
Apesar da dificuldade, a expectativa de Ferreira é ter conseguido nota suficiente para ingressar nos estudos na área de exatas.
Espera por horas
Sozinha no portão do instituto desde o início da prova, a comerciante Anete Moraes Blasina, de 58 anos, aguardou por horas a saída do filho Paulo Ricardo, 23 anos, que pretende estudar medicina.
“Essa é a terceira vez que ele faz o Enem, das outras vezes ele passou e fez outros cursos. Todas as vezes faço questão de acompanhar todo o processo. Ao invés de ficar na praia, prefiro ficar aqui, porque acho muito importante ficar com ele nesses momentos. Eu gosto muito de ficar passando energia positiva”, explica.
A prova iniciou 13h com duração máxima de 5h30. “Ele sempre aproveita todo tempo da prova, acho que será um dos últimos e vou ficar aqui até lá”, disse.
Impressões
Além da surpresa com o tema da redação, a prova dividiu opiniões dos estudantes, que citaram pegadinhas e complexidade nas questões.
Veja o que acharam os estudantes:
Daniela de Oliveira de Melo, 29 anos, moradora do Sul da Ilha, considerou a prova fácil. “Foi a primeira vez que fiz o Enem. Achei a prova fácil, língua portuguesa tinha bastante interpretação de texto e gramática. Tinha bastante pegadinha também, mas pensei que seria mais difícil”, explicou.
Também iniciante no exame, Gabriel Rocha da Gama da Silva, 18 anos, saiu com um adesivo da prova no braço. “Isso indica que eu não levei nada de acessório para a prova, só mesmo documento e caneta. Fiz de tudo para não perder a concentração. Na prova eu fui melhor do que eu esperava, a gramática estava um pouco mais difícil”, afirmou.
Para Karini dos Santos, de 21 anos, o tema da redação, “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”, foi uma surpresa. “Achei que o tema da redação estava meio confuso”, disse.
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