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Florianópolis tem quase 20 empresas de produção de jogos eletrônicos

Última atualização 26 de novembro de 2012 - 08:40:30

A capital de Santa Catarina está na rota da produção de jogos eletrÔnicos. Segundo o presidente do grupo de empresas de games da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), Dennis Kerr Coelho, são 17 empresas focadas nesse segmento em Florianópolis. A maioria delas vende seus produtos para fora do estado e quase todas exportam para o munto todo, através de downloads.

Mais de 200 pessoas trabalham com jogos eletrÔnicos na capital e grande parte dos profissionais não é de Florianópolis, segundo Dennis Coelho. A maioria dos trabalhadores é de programadores e artistas, como Giuliano Vegini, de 29 anos. Ele trabalha em uma empresa de jogos eletrÔnicos na Capital desde 2004, quando começou como estagiário.



Vegini é formado em engenharia de automação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e já durante o curso o curso demonstrou interesse pela área. “Comecei a aprender programação na faculdade mesmo e gostei mesmo”, disse. Na empresa, ele programa a física dos jogos e cresceu jogando os videogames Atari e Mega Drive.

Maioria dos jogos é feita para celulares, internet e tablets (Foto: Marcello Lima/Divulgação)Maioria dos jogos é feita para celulares, internet e
computadores (Foto: Marcello Lima/Divulgação)

Esse gosto é compartilhado por outros profissionais da indústria, como Marcello Silva, de 28 anos, que fundou uma empresa de games. Em 2011, ele foi convidado por três amigos para participar do desenvolvimento de um jogo. “Depois de um ano de trabalho nas horas vagas, tínhamos o projeto quase finalizado. Essa foi a hora em que decidimos levar a sério e montar a empresa. Corremos atrás de parceria comercial para publicação, alugamos uma sala comercial e fundamos a empresa”, contou Marcello.



Por enquanto, os quatro sócios, exercem cada um uma função diferente, e são os únicos empregados da empresa, que está aberta desde junho deste ano. Eles já possuem um jogo finalizado, que funciona no sistema operacional da Apple. “Já havíamos tido experiências profissionais no ramo, mas nenhuma que batesse com nossos ideais. Aproveitamos o momento de estarmos unidos por um ótimo projeto e por nossa vontade de trabalhar da maneira em que acreditamos”, disse.
 


Assim como a empresa de Marcello, a maioria dos jogos feitos na capital catarinense são para celulares, internet, redes sociais e computadores, segundo Dennis Coelho. Ele afirmou que, no Brasil, ainda é muito complicado desenvolver jogos para videogames. 

Como principais razões para isso, ele citou que “muitas empresas não possuem representações oficiais de suas equipes de suporte a desenvolvedores no Brasil”. Isso restringe, por exemplo, o fornecimento de kits de desenvolvimento, para que os produtores possam programar o jogo especificamente para um determinado videogame.

Completando, Dennis Coelho ainda lembrou que o custo de produção desse tipo de jogo é bastante alto e “no Brasil, as empresas não contam com formas de financiamento adequado para projetos de grande porte”.



Porém,existem diversas oportunidades para quem deseja seguir carreira nessa área, “Quem quer trabalhar na indústria de Games, normalmente, escolhe entre duas grandes áreas: programação e arte”, afirmou Dennis Coelho. Na própria capital, há cursos que ajudam na formação do profissional que vai trabalhar com jogos eletrÔnicos. Também vale seguir as dicas de Giuliano Vegini e Marcello Lima, de procurar adquirir conhecimento além da academia e cursos técnicos, pesquisando em livros e na web. Marcello destacou a perseverança: “é uma indústria bem restrita e difícil de entrar, e o importante é não desistir até que você alcance seu objetivo”.

Dennis Coelho recomenda, no caso de programação, cursos de tecnólogo em jogos digitais. Na Grande Florianópolis são oferecidas graduações nesta área na Universidade do Vale do Itajaí (Univali), na Estácio de Sá, ambas em São José. Há ainda o curso de pós-graduação do Senac Tecnologias da Informação. “A maneira mais fácil de entrar no mercado é fazer um curso com foco em programação de jogos ou de arte para jogos”, afirmou.

Na capital a empresa Data 3D, também oferece cursos na área de computação gráfica, com treinamentos na área de 3D. As Faculdades Barddal, em Florianópolis, possuem graduação em Sistemas de Informação com ênfase em jogos digitais.

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