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Fetaesc defende postergação das normativas de controle do leite

Última atualização 17 de maio de 2019 - 09:30:50

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc) defende e reivindica a postergação das Instruções Normativas (INs) 76 e 77, aprovadas pelo Ministério da Agricultura, que preveem o controle e a qualidade da produção de leite de forma mais rígida.

A previsão é que as normas entrem em vigor no dia 30 de maio.

Se não ocorrer a postergação, mais da metade do leite brasileiro estará ilegal e será considerado impróprio para industrialização.

Em Santa Catarina, 4º maior produtor de leite do país, 54% do leite estaria ilegal na contagem padrão em placas (CPP), também conhecida como contagem bacteriana em placas. No Brasil, os testes indicam mais de 80% com problema.

Assim como as demais entidades que representam o setor produtivo, a Fetaesc ressalta que os produtores de leite precisam passar por uma fase de adaptação e que os governos Federal e Estadual e as indústrias proporcionem treinamentos e assistência técnica para capacitar os agricultores antes que as normativas sejam colocadas em prática.

Entre as exigências das normativas estão a contagem de CPP nos silos em 900 mil (placas formadoras de colônias de bactérias); temperatura do leite no máximo em 7ºC; análise mensal de resíduos de medicamentos em cada propriedade e suspensão da coleta se o produtor não cumprir com as normas em três meses.

Para o presidente da Fetaesc, José Walter Dresch, as normas são necessárias para garantir produtos de qualidade, porém os produtores de leite precisam ser oportunizados com assistência técnica adequada para suprir a demanda.

“As famílias agricultoras que criam gado leiteiro precisam de tempo hábil para se enquadrar dentro das novas regras e precisam do apoio do Poder Público e das grandes indústrias. É inadmissível que o pequeno produtor, responsável por 4 ou 5 mil litros de leite por mês, seja penalizado”, salienta Dresch.

O Estado de Santa Catarina é o 4º maior produtor de leite do Brasil, tornando-se uma das principais atividades da Agricultura Familiar.

A cultura gera renda no meio rural catarinense para aproximadamente 60 mil produtores de leite, sendo que a maioria é da Agricultura Familiar.

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