DESCANSO
Neri Spessatto, 46 anos, é o candidato do PSDB a vice-prefeito em Descanso pela coligação “Aliança Para o Desenvolvimento”, composta ainda por PMDB, PDT, DEM, PSB e PSD e encabeçada pelo candidato a prefeito Hélio Daltoé (PMDB), que tenta em outubro eleger-se prefeito pela primeira vez. Casado, pai de dois filhos, Spessatto é suinocultor e na vida pública ocupou o cargo de vice-prefeito. Em entrevista ao Gazeta Catarinense, o candidato falou sobre a expectativa para a eleição e avaliou o atual governo como uma administração do “feijão com arroz”, com pouca criatividade, marcada ainda por brigas internas.
DESCANSO
Gazeta Catarinense – Primeiramente, por que decidiu candidatar-se a vice-prefeito?
Neri Spessatto – Os seis partidos que compõe a Aliança para o Desenvolvimento, por dois anos, mantiveram reuniões e contatos periódicos no sentido de construir um projeto administrativo para Descanso. O que parecia difícil acabou sendo superado pelo diálogo e bom senso por parte de todos. Este grande projeto está sendo proposto para a avaliação do eleitor descansense no dia 7 de outubro e certamente será aprovado. Dentre todas as lideranças, de forma consensual escolhemos o candidato Hélio para prefeito e o meu nome surgiu dentre outros, que também se à disposição. Fui indicado e aceitei o desafio de colaborar no projeto que irá impulsionar Descanso para o desenvolvimento.
Gazeta Catarinense – Se acaso sua chapa vencer a corrida eleitoral, isso abre a possibilidade do senhor vir a concorrer a prefeito na próxima eleição de 2016? Pensa nisso?
Neri Spessatto – Estamos trabalhando no projeto que tem quatro anos para ser posto em prática. Não há como ambicionar, muito menos estruturar projeções que necessitam ou dependem do que acontecerá neste período. Temos certeza que faremos um governo extraordinário e que será um marco na História de Descanso. Tudo indica que a Aliança para o Desenvolvimento veio para ficar e a próxima candidatura será definida somente em 2016.
Gazeta Catarinense -O que deu pra sentir da campanha até aqui? Acredita que a vitória virá?
Neri Spessatto – Nossa campanha está gratificante e agradável de ser feita. A Aliança para o Desenvolvimento, de um time transformou-se em equipe e nesta reta final já pode ser considerada uma verdadeira família do 15. A mobilização da militãncia, a alegria das pessoas que visitamos e a adesão aos nossos comícios, aliado aos números que chegam até nós, permitem-nos afirmar que estamos no caminho seguro para a vitória.
Gazeta Catarinense -O que o senhor tem a dizer de seu colega de chapa, no caso o candidato a prefeito Hélio Daltoé? Como é sua relação com ele?
Neri Spessatto – O meu colega Hélio é uma pessoa extraordinária no que se refere ao diálogo, capacidade de leitura dos problemas e indicação da respectiva solução. Construímos uma afinidade perfeita na campanha eleitoral e que será transferida para o nosso mandato a partir de janeiro do ano que vem.
Gazeta Catarinense -Na sua visão, qual é hoje o setor com mais problemas na cidade e que necessita de uma ação rápida na próxima administração?
Neri Spessatto – Faço minhas as afirmações do candidato Hélio, ou seja, o sistema atual de saúde não está conseguindo atender as necessidades de nossa população. Nossa principal bandeira de campanha é demonstrar que o nosso projeto para o próximo governo é o melhor. No entanto, não é possível disfarçar que o povo clama por segurança quanto aos cuidados com a saúde.
Gazeta Catarinense -Sabemos que todo prefeito tem o seu vice, mas que muitas vezes o segundo nome na majoritária praticamente não participa no governo. O senhor pretende ser que tipo de vice-prefeito? Daqueles que só apóia ou daqueles de participação nas decisões?
Neri Spessatto – Há, sim, a acomodação de muitos vice-prefeitos que, literalmente somente assumem na ausência do titular. Não tenho a pretensão de interferir na liderança de meu prefeito. No entanto, estarei presente em todas as decisões do colegiado e da equipe administrativa, contribuindo naquilo que for de minha competência e importãncia no governo municipal.
Gazeta Catarinense -O senhor pretende ter um gabinete na prefeitura e exercer algum tipo de cargo?
Neri Spessatto – O gabinete do prefeito também é o do vice-prefeito. Não será preciso montar uma estrutura que irá gerar custos. Estes recursos serão melhor aproveitados em setores como os da saúde, educação, área social e infraestrutura, por exemplo. E os cargos somente serão discutidos quando da formação da nova equipe de governo.
Gazeta Catarinense -Cada um pensa de uma forma e tem um modo de administrar. Qual a avaliação que o senhor faz da atual administração?
Neri Spessatto – O atual governo pode ser descrito como uma administração do feijão com arroz. Pouca criatividade e enaltecimento exagerado do que é apenas corriqueiro em uma administração pública, ou seja, realizaram apenas o básico. Habitação e emprego foram as grandes metas de campanha e que resultaram em calote eleitoral, uma vez que fracassaram na sua execução. A montagem da equipe de governo levou em conta prioritariamente os aspectos partidários em detrimento da capacidade e o resultado foi um desmanche logo no primeiro ano de governo.
Gazeta Catarinense -Há uma grande ocorrência de brigas entre prefeitos e seus vices e geralmente os dois rompem relações após algum tempo de administração. Na sua visão, como isso pode ser evitado?
Neri Spessatto – Seguramente não podemos seguir o exemplo do nosso concorrente. A falta de diálogo, liderança e espírito de equipe afastaram não somente correligionários e partidários históricos, mas também o vice-prefeito que renunciou por estes motivos. Já tive a oportunidade de atuar como vice na gestão anterior à atual e sempre tive um comportamento sério, respeitoso e até fraternal com meu prefeito. Trabalharei nesta mesma direção no próximo mandato e tenho absoluta certeza de que o Hélio comunga deste mesmo conceito.
FRASES
“O atual governo pode ser descrito como uma administração do “feijão com arroz”. Pouca criatividade e enaltecimento exagerado do que é apenas corriqueiro em uma administração pública, ou seja, realizaram apenas o básico”.
“A mobilização da militãncia, a alegria das pessoas que visitamos e a adesão aos nossos comícios, aliado aos números que chegam até nós, permitem-nos afirmar que estamos no caminho seguro para a vitória”.
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