A falta de estacionamento no centro de São Miguel do Oeste vem sendo motivo de reclamações nos últimos anos, porém, o problema tem se mostrado mais grave em certos pontos. Um deles é a Almirante Tamandaré, no calçadão e imediações. Nesta semana, representantes das lojas Magazine Luiza, Benoit e Casas das Linhas Pigelli, situadas no local, procuraram a reportagem do Gazeta Catarinense para reclamar da situação. Eles explicam que para receber mercadorias as lojas precisam descarregar o caminhão em um ponto autorizado próximo ao local. De lá até a loja, a mercadoria precisa ser transportada via caminhonete.
Como uma carga de caminhão contem várias cargas menores, toda vez que a caminhonete deixa o local com destino às lojas é preciso deixar cones guardando vaga, o que não é permitido por lei, já que são vagas públicas. Conforme o prestador de serviços Alfeu Barp, que transporta mercadorias para duas lojas no local, os cones são o alvo das reclamações, mas são necessários. “Se saio com a caminhonete e não deixo os cones, quando volto com a mercadoria, como faço para descarregar?”, indaga.
Barp reconhece que os cones não são permitidos por lei, mas pede a compreensão da população, pois não há outra forma. “Queremos que as pessoas entendam que não fazemos por mal, mas precisamos deixar os cones. Não tem como carregar as mercadorias da outra quadra até aqui. Tem pessoas que chegam a nos ameaçar”, revela. Segundo o gerente da Loja Magazine Luiza, Fleuber Lima, o intuito não é criticar ninguém, mas chamar a atenção para que seja discutida uma solução, já que no momento os cones são a única saída encontrada.
O proprietário da Casa das Linhas Pigelli, Enio Giacomelli, defende a implantação de estacionamento rotativo para solucionar o problema, pois, segundo ele, a maioria dos carros estacionados no local é de pessoas que trabalham nas proximidades. Já a gerente das Lojas Benoit, Maria Boito, defende que seja liberado o estacionamento ao menos duas vezes por semana, nas terças e sextas-feiras, dias em que ocorre a reposição de mercadorias na loja.
Os representantes das lojas entendem que seria interessante que o Conselho Municipal de Transito (Cotrasmo) ouvisse os lojistas para debater uma solução. O presidente do Cotrasmo, major da Polícia Militar, Marcelo de Wallau, lembra que essa é uma situação que não é fácil de ser resolvida e entende que seria interessante uma reunião das empresas com o órgão. Ele aconselha às empresas a protocolarem um requerimento para que a situação seja debatida e uma saída encontrada. A sugestão oferecida por Wallau deve ser acatada pelos lojistas.
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